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Com metade da população nas cidades a pobreza é um fenómeno urbano crescente


Casas degradadas
Casas degradadas

Mais de dois terços da população urbana mundial vive em países de rendimento baixo e médio

Num mundo onde mais de metade da população vive em cidades, a pobreza é um fenómeno urbano crescente. Os analistas debatem-se para distinguir entre a pobreza crónica e a vulnerabilidade grave.

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Mais de dois terços da população urbana mundial vivem em países de rendimento baixo e médio onde quase cerca de um bilião de pessoas vive em bairros de lata, na sua maioria na África Subsaariana e do sul da Ásia, isto segundo dados do Banco Mundial.

Enquanto mais pessoas se transferem para cidades com frequência mal equipadas para acolher o afluxo, os especialistas tentam encontrar forma de definir e medir a pobreza urbana.

Os dados recolhidos influenciam a política humanitária e os programas bem como os serviços básicos, incluindo a saúde, a água potável e os sistemas sanitários e ainda a educação.

O Centro Internacional da Pobreza das Nações Unidas, baseado no Brasil, define a pobreza como sendo um conjunto complexo de ausência em muitas dimensões que não podem ser determinados tendo por base um nível baixo de rendimento.

“Aquilo que se interpreta por pobreza depende de quem faz a pergunta, como é entendido, e de quem responde, afirma Roberts Chambers, um especialista do Instituto britânico de Estudos de Desenvolvimento, situado em Sussex.

Historicamente, a avaliação é feita a partir do rendimento da pessoa, ou aquilo que uma pessoa pode obter do rendimento que aufere; da materialização das necessidades básicas, incluindo a alimentação, a saúde, a água potável e a sanidade, a educação e o alojamento.

O Banco Mundial tem medidas fixas de pobreza, baseadas largamente na linha internacional de pobreza definida aos preços internacionais de 2005 ou seja próximo de um dólar e vinte cinco cêntimos por dia para os países de rendimento baixo, e de dois dólares para as nações de rendimento médio.

O parâmetro internacional de pobreza tem sido aplicado ao agregado familiar para determinar quem se situa entre aqueles dois valores.

Ao nível de um dólar e vinte cinco cêntimos por dia, existiam em 2005 entre 336 e 472 milhões em pobreza crónica.

Todavia o índice de pobreza não tem sido actualizado, embora o custo de vida tenha aumentado significativamente, e os especialistas alertam para o facto de a utilização daquele índice subestimar em muito o actual número de pessoas em pobreza crónica permanente.
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