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Homens armados libertam Camara, ex-líder da Junta da Guiné


Moussa Dadis Camara (foto de arquivo)
Moussa Dadis Camara (foto de arquivo)

O antigo chefe da junta militar guineense de 2008, Moussa Dadis Camara, foi libertado da prisão por homens fortemente armados, em Conacri, nas primeiras horas deste sábado (4), juntamente com outros três oficiais de alta patente, disse o ministro da Justiça, Charles Wright.

Moradores disseram à Reuters que veículos militares e forças especiais circulavam nas ruas da capital guineense depois de terem sido ouvidos tiros, no distrito administrativo de Kaloum, onde Camara e outros estavam detidos.

"Foi por volta das 5:00 horas que homens fortemente armados invadiram a Cadeia Central de Conacri. Eles conseguiram sair com quatro réus do caso de 28 de setembro, incluindo o capitão Moussa Dadis Camara", disse o ministro na rádio.

“Eles serão encontrados onde quer que estejam”, disse Wright, recusando-se a dar mais detalhes sobre a investigação.

As fronteiras da Guiné foram fechadas para evitar que os fugitivos saiam do país, disse ele.

Camara e outros estão a ser julgados desde o ano passado, acusados de orquestrar um massacre num estádio e uma violação em massa pelas forças de segurança guineenses, no qual 150 pessoas foram mortas durante um comício pró-democracia, a 28 de Setembro de 2009.

Camara negou a responsabilidade, atribuindo as atrocidades aos soldados errantes.

Moradores perto de Kaloum disseram que os tiros foram ouvidos pela primeira vez por volta das 4:00 horas, após o que a segurança foi reforçada nas ruas e a entrada de Kaloum foi bloqueada.

No final da manhã, a capital parecia calma, com muitos soldados ainda visíveis em algumas áreas, ordenando às pessoas que ficassem em casa, disse por telefone Mmah Camara, residente no distrito do Tombo.

A Guiné é governada pelo líder militar Mamady Doumbouya, que assumiu o poder através de um golpe de Estado, em 2021 – um dos oito na África Ocidental e Central, nos últimos três anos.

Mali, Níger, Burkina Faso, Chade e Gabão também são governados por oficiais militares.

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