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HIV/SIDA: Autoridades cabo-verdianas dizem que pandemia não afectou tratamentos


Com transmissão da infecção vertical mãe-filho praticamente eliminada, país aguarda certificação da OMS

Autoridades cabo-verdianas garantem que os portadores de HIV-SIDA seguem tratamento anti-retroviral sem sobressaltos e que a pandemia da Covid-19 não interferiu no seguimento dado àqueles pacientes.

Acoordenadora nacional do Comité de Coordenação de Combate à SIDA (CCS-SIDA) diz haver uma baixa taxa de prevalência na população sexualmente active, na ordem de 0.6 por cento nos homens e 0.7 nas mulheres, enquanto nos grupos de riscos ela varia entre 2.3 e 6.1 por cento.

No Dia Internacional de Luta Contra o SIDA, Maria Celina Ferreira afirmaque o arquipélagomantém o seguimento normal e o tratamento anti-retroviral das pessoas infectadas sem problemas .

A responsável do CCS-SIDA dizque as autoridades do país conseguiram fazer boa previsão na compra dos medicamentos, preservativos e testes de despistagem, pelo que a pandemia da Covid -19 não atrapalhou o trabalho de prestação dos cuidados de saúde tanto na prevenção como no tratamento das pessoas com SIDA.

"Nos finais de 2019 aceleramos o mecanismo de compra de todos os meios de prevenção, nomeadamente preservativos e medicamentosanti-retrovirais, de modo que não houve roturaem termos de disponibilidade destes produtos em Cabo Verde", assegura Maria Celina Ferreira.

Neste momento, 2.782 pessoas recebem tratamento, das quais 7 são crianças.

No início da pandemia, conforme Ferreira, houvereceios normais da população no geral, “mas foram desencadeadas campanhas de informação e sensibilização sobre as medidas de prevenção àCovid-19, pelo que tanto os prestadores de cuidados como as pessoas com HIV seguiram o seu curso normal de actividades.

No que toca ao abandono ao tratamento, a taxa rondaos 30 por cento, principalmente nos grupos de riscos com realce para pessoas com problemas do uso abusivo de álcool e outras drogas.

Outro aspecto que Maria Celina Ferreira destaca na conversa com a VOA é a tranmissão de mãe para filho, com o país a caminhar para a sua eliminação total.

"Dos 100 bebés que nascem de mães seropositivas, 98 são saudáveis livres de SIDA", diz aquela responsável para quem Cabo Verde está dentro dos critérios de eliminação da infecção vertical e está a trabalhar para receber a certificação da OMS.

O financiamento para as actividades do CCS-SIDA está garantido até 2023,com 70 por cento deles disponibilizados pelos parceiros internacionais e o restante pelo Governo.

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