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Há excessos de zelo nos órgãos de informação estatais, diz porta-voz do MPLA


“Não dou, não dei, nem darei ordens aos orgãos de informação” – Rui Falcão (Foto de arquivo)
“Não dou, não dei, nem darei ordens aos orgãos de informação” – Rui Falcão (Foto de arquivo)

Rui Falcão reage assim a acusações da UNITA e que o partido no poder dá ordens à cobertura da imprensa pública

O porta-voz e secretário para a Informação do Bureau Político do MPLA, Rui Falcão, negou enfaticamente existirem ordens do partido governamental aos orgãos de informação estatais sobre como fazer a cobertura noticiosa de assuntos políticos em Angola.

Rui Falcão diz que hé excesso de zelo nos media estatais – 2:30
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Em declarações à VOA nesta terça-feira, 14, Falcão admitiu, no entanto, que pode haver “excesso de zelo e auto-censura” nesses órgãos de informação.

Ele reagia assim a novas acusações de que por ordens do MPLA a televisão estatal está a dar um tratamento político diferente aos actos da pré campanha eleitoral.

O mais recente exemplo é dos comícios realizados no sábado passado.

Enquanto, por um lado, o acto do MPLA, realizado no Moxico, foi transmitido em directo na TPA, RNA e TV-Zimbo e retratado nos noticiários dos referidos órgãos em larga escala, o maior partido na oposição teve apenas direito a cerca de 20 segundos na TPA.

O porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, disse que “os jornalistas e editores destas televisões não são responsáveis de tal barbárie, mas que "é a mão do partido no poder que na sua cultura de exclusão vai ao ponto de transformar estes órgãos em tentáculos do seu Departamento de Acção Psicológica e Propaganda com a exclusiva pretensão de demostrar que é o único partido capaz de governar o país” .

O porta voz do MPLA, Rui Falcão, rejeitou tais acusações.

“O secretário de informação do MPLA sou eu e eu não dei, nem dou, nem darei qualquer orientação para estes órgãos”, garantiu, afirmando que o MPLA “pugna por uma informação isenta”.

“Infelizmente há quem deturpe os limites das suas responsabilidades o que não tem nada a ver connosco”, acrescentou Falcão, quem concluiu que "excessos de zelo e auto-censura não nos caracterizam”.

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