Apesar de haver interesses comuns em fortalecer as relações é pouco provável que a visita do Secretário de Estado americano John Kerry, a Luanda, resulte em mudanças práticas nessas relações, disse o jornalista e activista angolano Rafael Marques.
Kerry iniciou uma vista a África que inclui uma paragem em Luanda para conversações com o Presidente José Eduardo dos Santos cujo Governo ele elogiou numa entrevista à Voz da América, afirmando que Angola tem ajudado muito os Estados Unidos em diversas questões.
Marques disse que os Estados Unidos pretendem que Angola tenha um papel mais activo em operações de manutenção da paz, como na República Centro Africana, mas que isso implicaria colocar tropas angolanas sob comando da União Africana ou das Nações Unidas algo que Luanda não quer fazer.
Angola vê o fortalecimento das relações como um meio de “legitimação internacional do poder em Angola”, disse Rafael Marques.
“Angola precisa de projecção como tendo um papel actuante na resolução de conflitos em África e este é um legado que o Presidente parece querer construir, mas essas relações não avançarão muito porque Angola não cederá tropas para o controlo da União Africana ou das Nações Unidas”, defendeu.
Por outro lado o fortalecimento de investimentos americanos em Angola é algo que poderá ser complicado porque “qualquer investimento tem que ter como parceiro membros da família do Presidente ou do círculo do poder”.
Isso, disse Rafael Marques, pode violar leis anti-corrupção dos Estados Unidos colocando entraves a esses investimentos.
“Esta dificuldade não será ultrapassada tão cedo", afirmou.
Kerry iniciou uma vista a África que inclui uma paragem em Luanda para conversações com o Presidente José Eduardo dos Santos cujo Governo ele elogiou numa entrevista à Voz da América, afirmando que Angola tem ajudado muito os Estados Unidos em diversas questões.
Marques disse que os Estados Unidos pretendem que Angola tenha um papel mais activo em operações de manutenção da paz, como na República Centro Africana, mas que isso implicaria colocar tropas angolanas sob comando da União Africana ou das Nações Unidas algo que Luanda não quer fazer.
Angola vê o fortalecimento das relações como um meio de “legitimação internacional do poder em Angola”, disse Rafael Marques.
“Angola precisa de projecção como tendo um papel actuante na resolução de conflitos em África e este é um legado que o Presidente parece querer construir, mas essas relações não avançarão muito porque Angola não cederá tropas para o controlo da União Africana ou das Nações Unidas”, defendeu.
Por outro lado o fortalecimento de investimentos americanos em Angola é algo que poderá ser complicado porque “qualquer investimento tem que ter como parceiro membros da família do Presidente ou do círculo do poder”.
Isso, disse Rafael Marques, pode violar leis anti-corrupção dos Estados Unidos colocando entraves a esses investimentos.
“Esta dificuldade não será ultrapassada tão cedo", afirmou.