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Guiné-Bissau: jovens têm acesso a oportunidades de estudo em Portugal a um custo reduzido


Bocu Silva, promotor de protocolos de cooperação
Bocu Silva, promotor de protocolos de cooperação

Desde 2018, estudantes beneficiam-se de protocolos de cooperação assinados entre o Ministério da Educação, Ensino Superior, Juventude e Desporto da Guiné-Bissau com instituições de ensino técnico e superior dos distritos portugueses de Bragança, Castelo Branco, Guarda e Portalegre. Em entrevista à Voz da América, Bocu Silva, promotor de protocolos de cooperação, falou sobre as oportunidades de estudo para jovens guineenses.

Oportunidades de estudo para jovens guineenses
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Cerca de 300 alunos estão a estudar em Portugal através dos protocolos assinados. Entre os cursos mais populares estão engenharia agronómica, enfermagem, informática de gestão e turismo.

As oportunidades são tanto para a licenciatura como para o mestrado. Silva contou que a estudante Cláudia de Barros Soares Semedo, do curso de mestrado em enfermagem de saúde familiar do Instituto Politécnico de Bragança, foi recentemente escolhida a melhor aluna do curso. Silva enalteceu a perseverança da estudante que não se deixou abater pelas dificuldades.

Cláudia de Barros Soares Semedo, Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar
Cláudia de Barros Soares Semedo, Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar

A vida em Portugal

Durante a entrevista Bocu Silva apresentou Edgar Carvalho, que desde 2018 está a fazer um mestrado em Gestão na cidade da Guarda. Carvalho falou sobre a sua experiência e as dificuldades que enfrentou quando chegou a Portugal.

Que tipo de dificuldades alunos da Guiné-Bissau enfrentam em Portugal?
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Vistos

Segundo Bocu Silva, a retirada de vistos tem sido um desafio. Apesar de os alunos enviarem todos os documentos necessários no tempo devido e receberem a carta de admissão da instituição de ensino onde foram aceitos, eles estão chegando a Portugal após o início do ano letivo, que começa em setembro. Silva explicou que o que atrasa a chegada dos alunos é o tempo que o consulado português na Guiné-Bissau leva para publicar os nomes dos estudantes numa lista que permite que eles agendem uma entrevista para saber se vão conseguir o visto. Essa espera tem sido de até seis meses. Silva apelou ao governo da Guiné-Bissau para que ajude a solucionar esse problema a fim de que os alunos não sejam prejudicados.

Novas Parcerias

Bocu Silva comemorou um novo protocolo assinado recentemente com o Instituto Politécnico de Tomar, que em março irá abrir inscrições para cursos como análises laboratoriais, informática, qualidade ambiental e produção de atividades para o turismo cultural.

À esquerda, doutor Júlio Filipe, João Coroado, pres. do Instituto Politécnico de Tomar e Bocu Silva
À esquerda, doutor Júlio Filipe, João Coroado, pres. do Instituto Politécnico de Tomar e Bocu Silva

Ele também revelou que este mês está em França para tratar de protocolos de cooperação com países francófonos. A intenção é expandir os acordos e aumentar as oportunidades para que os jovens da Guiné-Bissau possam ter acesso a uma educação de qualidade. Entre os membros da equipa que ajudam Silva estão a secretária do Gabinete de Apoio à Integração dos Estudantes Guineenses em Portugal, Fatumata Balde, o gestor informático Boreloi Constantino da Silva Indi, o contabilista Imelson Vaz, e o assistente administrativo Ibrair Mutaro Djau.

À esquerda, Fatumata Balde, Boreloi Indi, Imelson Vaz e Ibrair Djau
À esquerda, Fatumata Balde, Boreloi Indi, Imelson Vaz e Ibrair Djau

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