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Guiné-Bissau: um olhar de Luanda à espera de uma nova relação entre órgãos de soberania


Analistas abordam importância da eleição presidencial
Analistas abordam importância da eleição presidencial

Os angolanos acompanham com optimismo reservado as eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que decorrem neste domingo, 24.

A decisão de escolha de um novo Presidente é um assunto que não passa ao lado das atenções de alguns angolanos, interessados com a política internacional e, sobretudo, a política africana, a julgar pelo modelo de governação das elites do continente, que são alvo de muita contestação, na maioria dos casos.

Para alguns analistas da política africana, a melhoria das relações da Guiné-Bissau com o mundo dependerá em grande medida da eleição de hoje e passa por uma melhoria da imagem externa que também dependerá da coordenação entre os órgãos de soberania do país, marcado nos últimos tempos por uma profunda crise institucional.

À semelhança de Angola, vários parceiros bilaterais e multilaterais, com destaque para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), já se disponibilizaram a reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau, mas condicionam esse reforço à manutenção do clima da estabilidade depois das eleições presidenciais.

O Governo de Angola, por exemplo, reconhece que ainda existem desafios políticos e de segurança, relacionados com o processo eleitoral em curso, que devem merecer atenção cuidada e o devido tratamento por parte do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.

A falta de confiança entre os principais actores políticos tem sido apontada como sendo o principal obstáculo para se proporcionar um ambiente de prosperidade e desenvolvimento da Guine Bissau.

Por outro lado, Luanda recomendou, recentemente, ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que continue a acompanhar a situação política na Guiné-Bissau, sobretudo nesta fase politicamente delicads antes, durante e depois da realização das eleições presidenciais.

Desde a entrada em funções do novo Governo angolano, as relações com a Guiné-Bissau deixaram de ser regulares, à semelhança do passado, facto que revela uma suposta posição equidistante da liderança de João Lourenço, apesar dos laços históricos que unem os dos países.

Bernardino Neto, especialista de relações internacionais, e o analista político Olívio Kilumbo, debatem a situação no país, com um olhar a partir de Luanda.

Ouça o debate na Janela de Angola:

Angola e as presidenciais na Guiné-Bissau
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