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Guiné-Bissau: Procuradoria faz buscas no Ministério das Finanças e no BAO


Rua de Bissau, Guiné-Bissau
Rua de Bissau, Guiné-Bissau

Em causa pagamentos feitos a empresários nacionais e estrangeiros. Fonte governamental diz que todas as operações foram auditadas

O Ministério Público da Guiné-Bissau desencadeou esta sexta-feira, 24, uma operação de busca e apreensão no Ministério das Finanças e na sede principal do Banco da África Ocidental (BAO), em que o Governo é o principal acionista.

Informações apuradas pela Voz de América apontam que os departamentos visados foram a Direcção Geral do Tesouro Público e o Serviço de Dívida Interna, encarregue de arrecadação das receitas do estado.

“As operações junto dessas instituições foram desencadeadas na sequência de uma denúncia sobre supostos pagamentos efectuados pelo Tesouro Público, a favor de um grupo de empresários nacionais e estrangeiros, num valor total de seis biliões de Francos CFA”, afiançou uma fonte do Ministério Público, segundo ainda a qual, “os pagamentos foram efectuados pelo Banco da África Ocidental – BAO, em resposta a uma carta assinada pelo actual Ministro das Finanças, Suleimane Seidi, datada de 07 de Novembro corrente”.

Do resultado da operação do Ministério Público, decorrente da operação de busca e apreensão junto do BAO e da Direção Geral do Tesouro e do Serviço de Dívidas Internas do Ministério das Finanças, constam o “cativo das contas do Tesouro Público e das empresas em causa e ainda apreensão de vários documentos para averiguação e passíveis de indícios de práticas de crimes”.

Entretanto, um destacado funcionário do Ministério das Finanças e da Economia, disse, à Voz de América, que não houve nenhuma irregularidade quanto à operação do Governo, precisando que “é um procedimento normal” e que todas as empresas que vão ser pagas foram auditadas antes pelo Tribunal de Contas.

“Os últimos Ministros das Finanças que passaram por aqui, nomeadamente Ilídio Vieira Té e Aladje Mamadu Fadia, fizeram a mesma operação”, lembrou a fonte, avançando que “trata-se de uma exigência do FMI para o Governo guineense retirar-se do Banco da África Ocidental como o principal acionista até o final do ano”.

“É nesta perspectiva que um Banco da Mauritânia decidiu comprar as acções do Governo no BAO, mas sob condição do pagamento de todas as dívidas por parte do executivo aos terceiros”, dissea fonte.

Sabe-se, porém, que o Ministro das Finanças e da Economia Suleimane Seide, vai estar no parlamento na segunda-feira, 27 de novembro, para falar aos deputados sobre o assunto.

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