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Guiné-Bissau: PAI Terra Ranka diz que "ordens superiores" impediram entrada de material de campanha da coligação


Material de campanha da coligação PAI Terra Ranka retido na Gâmbia
Material de campanha da coligação PAI Terra Ranka retido na Gâmbia

A coligação diz que material desembarcado na Gâmbia, depois do avião em que seguia ter sido impedido de entrar na Guiné-Bissau, ficou retido em Banjul.

A coligação PAI Terra Ranka denunciou nesta quinta-feira, 1, a postura que chamou de "antidemocrática e ilegal" das autoridades da Guiné-Bissau ao impedirem, através da Gâmbia e também do Senegal, a entrada de material de campanha daquela força que concorre à eleição legislativa de domingo, 4.

"O regime e os seus lacaios decidiram impedir a aterragem do cargueiro fretado para transportar o material de campanha produzido pela Coligação", lê-se numa nota assinada pelo líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, na página do facebook daquela formação política.

Em conferência de imprensa em Bissau, o antigo ministro das Finanças e dirigente do PAIGC Geraldo Martins explicou aos militantes todo o processo que disse estar eivado de ilegalidades e prepotência.

Martins disse que a coligação pediu, no dia 20 de Maio, autorização para entrada no espaço aéreo do país de um avião proveniente da Índia com o material de campanha, mas a Autoridade de Aviação Civil informou que teria de ser o ministro dos Transportes a autorizar.

Contactado, o ministro, no dia 29, não autorizou a entrada do avião.

Os dirigentes da coligação decidiram então desviar o avião para Gâmbia, retirar o material e transportá-lo para Bissau.

"Às 16,30 horas de ontem (quarta-feira, 31), apesar de todo o processo aprovado, as autoridades da Gâmbia receberam ordens políticas superiores e não deixaram sair o material", afirmou Geraldo Martins, acrescentando que as "ordens vieram de topo na Gâmbia, e fomos informados que mesmo que conseguíssemos tirar o camião da Gâmbia não passaria no Senegal porque têm esta mesma orientação política".

Na comunicação aos militantes, aquele dirigente concluiu, no entanto, que "nao é o material de campanha que vai ganhar as eleições, mas vamos ganhar as eleições com a nossa força e no dia 4 o povo vai sancionar este regime".

Por seu lado, a nota de Simões Pereira acrescenta que "são milhões de euros que se desperdiçam nesta operação, que resulta em um absoluto abuso do poder e de prepotência, com o fito único de desviar a Plataforma da sua concentração e, eventualmente resfrear a onda de vitória que vem produzindo...Mais uma a adicionar a mais, na deriva autoritária de um regime sem rumo nem propósito".

A Voz da América tentou contactar a Autoridade da Aviação Civil, mas, até agora, sem sucesso.

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