A Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau apelou à "reabertura imediata" da televisão e rádio públicas e pediu ao novo Governo que não se imiscua na gestão dos conteúdos.
As emissões da Radiodifusão da Guiné-Bissau e da Televisão da Guiné-Bissau foram suspensas na sexta-feira, 28, por militares que retiraram os profissionais das instalações.
A Ordem pediu às "autoridades políticas e governamentais para não se imiscuírem na gestão dos conteúdos dos órgãos de comunicação social em geral" e, em comunicado divulgado nesta terça-feira, 3, lembra que os órgãos públicos não oficiosos.
Aos jornalistas, a organização da classe, pede tenham "bom senso" no seu trabalho.
Recorde-se que depois de o candidato declarado vencedor pela Comissão Nacional das Eleições (CNE), Úmaro Sissoco Embaló, ter-se autoproclamado Presidente da República na quinta-feira, 27, demitiu o então Governo liderado por Aristides Gomes, do PAIGC, partido vencedor das legislativas de Março de 2019.
De seguida, indicou Nuno Gomes Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido–Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), para chefiar o Governo, cuja posse acontece ontem.
Integrado por por 32 membros, dos quais 19 ministérios e 13 secretarias de Estado, ficando por preencher a pasta da Saúde Pública, com apenas sete mulheres, o Executivo é formado, na sua maioria, por membros do Movimento para Alternância Democrática (MADEM), do Partido da Renovação Social (PRS), de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).