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Guiné-Bissau: Ministério Público abre processo crime no caso dos passaportes falsos


Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, 30 de Dezembro 2020
Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, 30 de Dezembro 2020

Presidente da República garante que país não vende passaportes

O Ministério Publico da Guiné-Bissau anunciou a abertura de um processo crime sobre atribuição e venda ilegal de passaportes diplomáticos da Guiné-Bissau em França, que implicam alguns cidadãos e diplomatas do país.

A informação consta do Despacho do Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, datado de 11 de Junho de 2021, por considerar que são “actos susceptíveis de crimes previstos e puníveis nos termos dos artigos do Código Penal”.

O processo vai ser aberto pela Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, de acordo com as instruções do Procurador-geral da República.

Entretanto, também hoje, antes de deixar o país com destino a São Tomé e Príncipe para uma visita de três dias, o Presidente guineense disse o país não vende passaportes e que as pessoas "devem parar de fazer política de baixo nível".

No entanto, prometeu “pôr novas regras e critérios fortes nos passaportes diplomáticos".

"Temos de mudar a cara deste país. Nós estamos a restaurar a dignidade do Estado", salientou Embaló, acrescentando que por isso o Governo vai emitir novos passaportes até o final do ano.

Na semana passada, o jornal francês Liberation revelou que vários cidadãos franceses e de outras nacionalidades obtiveram em Paris um "passaporte diplomático" guineense, que os identificava como conselheiros da Guiné-Bissau na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O jornal acompanhou a notícia com fotografias dos documentos que custaram entre 50 mil e 200 mil euros que pagaram em jeito de "donativo" ao país.

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