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Guerra na Ucrânia só acaba com negociações, diz João Lourenço


João Lourenço reúne-se com chefias das Forças Armadas Angolanas, Menongue, Cuando Cubango, Angola
João Lourenço reúne-se com chefias das Forças Armadas Angolanas, Menongue, Cuando Cubango, Angola

Lourenço acrescentou que a guerra arrisca a ganhar proporções que ameaçam cada vez mais a paz e a segurança mundiais.

O Presidente angolano manifestou nesta quarta-feira, 10, mais uma vez, sua preocupação com a guerra na Ucrânia e seu impacto na paz mundial e defendeu negociações urgentes para acabar com o conflito, assim como fez um apelo à paz às duas partes em conflito no Sudão.

“É necessário que haja diálogo entre a Rússia e a Ucrânia para o estabelecimento de um cessar-fogo que abra caminho à negociação de uma paz definitiva, a soberania e a integridade territorial de Ucrânia devem ser respeitadas como consagrado no Direito Internacional e na Carta das Nações Unidas a que todos nós estamos obrigados a respeitar”, defendeu João Lourenço em Menongue, na província do Cuando Cubango, num discurso aos oficiais dos três ramos das Forças Armadas Angolanas, presentes em manobras naquela província.

Ele também pediu negociações directas "entre a Rússia e a Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos e entre a Rússia e a NATO para o fim da guerra na Ucrânia e salvaguarda da paz mundial".

Lourenço acrescentou que a guerra arrisca a ganhar proporções que ameaçam cada vez mais a paz e a segurança mundiais.

Na sua intervenção, ele se referiu ao que chamou de "agressão do exército do apartheid" da África do Sul, mas destacou que, "na hora de negociar a paz teve de o fazer com o envolvimento de outros Estados negociando e assinando os acordos quadripartidos de Nova Iorque”.

A guerra no Sudão também mereceu referência do Presidente angolano que disse encorajar as partes beligerantes a estabelecer um cessar-fogo para negociar a paz definitiva que ponha fim a guerra”.

João Lourenço alertou ainda para o facto de as tomadas de poder inconstitucionais, as guerras de agressão, invasão, ocupação e anexação de parte de territórios de países soberanos e o mercenarismo ao serviço de Estados colocam em causa a segurança mundial.

Quanto às FAA, o comandante-em-chefe defendeu a modernização do exército para que possa cumprir o papel que a Constituição e lei lhe confere, a da "defesa da independência, da soberania nacional, da integridade territorial, do combate a qualquer tentativa de subversão do poder legítimo, defesa da paz e da reconciliação nacional".

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