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Graves confrontos entre militantes da UNITA e do MPLA no Huambo


Cidade do Huambo
Cidade do Huambo

Quatro residências queimadas e dois feridos, um deles com gravidade, é o resultado dos mais recentes confrontos

Quatro residências queimadas e dois feridos, um deles com gravidade, é o resultado dos mais recentes confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA na província angolana do Huambo. Enquanto isso, os dirigentes das duas forças politicas atacam-se verbalmente.

O incidente ocorreu recentemente no município da Caala, comuna Catata, quando apoiantes do maior partido na oposição içaram a bandeira da UNITA, na aldeia Jimbo.

Os militantes partido no poder não aceitaram a bandeira da oposição, e daí resultou pancadaria, tendo ficado feridos dois membros do MPLA.

Felipe Muenho, dirigente da UNITA na Caala
Felipe Muenho, dirigente da UNITA na Caala


Em declarações à Voz da América, o secretário municipal da UNITA na Caala, Filipe Muenho, disse que, em retaliação as autoridades tradicionais mandaram queimar quatro residências na calada da noite, sendo uma na aldeia do Jimbo e as restantes na sede da comuna da Catata.

Já na comuna do Kuima, revelou a fonte, uma casa de um dos seus membros foi saqueada em pleno dia por activistas do MPLA.

O político acusou os dirigentes do partido no poder de instrumentalizarem as autoridades tradicionais para se oporem à implantação da oposição nas suas comunidades.

“Independentemente da queimadura das casas, há intimidações constantes contra os nossos militantes nessa fase de paz e reconciliação nacional” disse o Muelio acrescentado que “estamos em fase dos preparativos das eleições e quero realçar que a paz e a democracia são dois valores políticos que se exige mutuamente”.

Miguel Somaquissenje, dirigente do MPLA na Caala
Miguel Somaquissenje, dirigente do MPLA na Caala


Miguel Somaquessenge, primeiro secretário do MPLA na Caala, confirmou apenas a queima de três residências e negou as acusações.

À VOA, disse que a rejeição da fixação de bandeiras resulta dos ressentimentos do passado por parte da população pelas atrocidades cometidas pelo maior partido na oposição durante o conflito armado.

“Querem estender as suas bandeiras à força quando estamos em democracia. Devemos ter em conta o querer da comunidade e não devemos obrigar que as pessoas aceitem a nossa bandeira.”

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rigths Watch acusara os lideres do MPLA de nalguns casos usarem tais ressentimentos para impedir inserção da UNITA em comunidades rurais.

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