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Governo são-tomense demite diretor do único hospital do país em meio a pandemia


Pascoal da Apresentação, médico-cirurgião são-tomense
Pascoal da Apresentação, médico-cirurgião são-tomense

O Governo de São Tomé e Príncipe demitiu o diretor do único centro hospital do país, o Hospital Ayres de Menezes.

Pascoal de Apresentação foi substituído nesta quinta-feira, 2, por Américo Pinto, médico, membro do Conselho Nacional do MLSTP-PSD, partido no poder, e antigo presidente da Câmara Distrital de Cauê, região ao sul da Ilha de São Tomé.

A VOA apurou que a cerimónia da passagem de pasta teve lugar tambémno Ministério da Saúde, sem a presença de jornalistas.

Até agora, o Governo não explicou as razões da demissão de Pascoal de Apresentação, envolvido nos últimos anos em várias polémicas de morte por negligencia.

Recorde-se que o último caso em que o nome de Apresentação foi badalado esteve relacionado com a morte de uma criança de três anos de idade por ingestão de uma moeda, a quem foi negada assistência médica, alegadamente pelo” mau comportamento do pai”, justificação do próprio diretor e médico-cirurgião em entrevista à VOA.

O caso ocorrido há seis meses resultou na sua detenção pela Procuradoria Geral de República que o acusou de crimes de negação de assistência e homicídio por negligência.

O caso aguarda julgamento pelo Tribunal da Primeira, desde a sua libertação, mediante o pagamento de uma caução de 500 mil dobras, o equivalente a 22 mil dólares.

Pascoa de Apresentação assumiu o cargo há pouco mais de um ano.

A demissão acontece dois dias depois do líder da bancada parlamentar da ADI, na oposição, Abnildo de Oliveira, ter exortado o primeiro-ministro a esclarecer as informações que circulam no país, segundo as quais Aprosentação teria afirmado em público que não existe coronavírus no país.

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