O presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas está em Bissau para analisar o processo dos militares sancionados em 2012, na sequência do golpe militar contra Carlos Gomes Júnior, na altura candidato presidencial e Chefe do Governo.
Fonte governamental disse à VOA que a presença da delegação na capital guineense faz parte dos esforços em marcha, por parte das autoridades nacionais, junto da ONU visando levantar os castigos impostos a 11 altas patentes das Forças Armadas guineenses.
“Tivemos uma visita muito frutífera. Vamos sair com todas essas impressões e vamos apresentar um relatório ao Comité de Sanções do Conselho de Segurança e em Agosto o secretário-geral, António Guterres, vai apresentar um relatório sobre a Guiné-Bissau”, disse o presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Anatólio Ndong Mba, após um encontro com o Presidente da República.
A visita termina na quarta-feira, 27, depois de reuniões com autoridades governamentais, partidos políticos, organizações da sociedade civil e parceiros internacionais da Guiné-Bissau.
O consultor jurídico Luís Peti analisa positivamente o resultado das sanções porque, segundo disse, “chegou-se à conclusão que o problema não residia apenas na classe castrense, mas também na classe politica.
Para Peti, “se as sanções aplicadas aos militares ajudaram a atenuar os golpes de Estado, entãodeve-se optar também pela aplicação de sanções aos políticos que têm obstaculizado a estabilidade governativa do país”.
Aquele analista político considera que a ONU está em condições de levantar as sanções “que não são eternas”.