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Governo pretende retomar gestão da Empresa de Águas e Electricidade da Guiné-Bissau


Rua de Bissau
Rua de Bissau

Em Washington, ministro guineense das Finanças, Ilídio Té, disse ao vice-presidente do Banco Mundial (BM) para a África Ocidental e Central, Ousmane Diagana, que o Executivo de Bissau se opõe à gestão do consórcio que gere a empresa, "que é danosa".

O Governo da Guiné-Bissau vai assumir a gestão da Empresa Águas e Electricidade da Guiné-Bissau (EAGB), administrada por um consórcio português, devido ao que considera de má gestão da mesma.

A informação está numa nota do Ministério das Finanças divulgada no Facebook que dá conta de um encontro realizado em Washington na terça-feira, 11, entre o ministro guineense das Finanças, Ilídio Té, e o vice-presidente do Banco Mundial (BM) para a África Ocidental e Central, Ousmane Diagana, no qual o governante comunicou que o Executivo de Bissau se "opõe à gestão do consórcio, que conduziu a empresa àquela situação", que é "danosa".

"A gestão do Governo já tinha resolvido essa questão. O Governo é obrigado a pagar as faturas da EAGB, resultante da gestão danosa do consórcio, despesa que, o orçamento geral do Estado não prevê", disse o ministro, reiterando que o Executivo deve assegurar a gestão direta da EAGB, porque, durante a gestão governamental, "não houve faturas em atrasos".

O consórcio constituído pela EDP, a Águas de Portugal (AdP) e a Leadership Business Consulting (LBC) assumiu a gestão da EAGB em 2018, com base num contrato apoiado financeiramente pelo BM no valor de 3,9 milhões de euros e válido até 2021.

A empresa deixou a gestão durante a pandemia da Covid-19 e em Junho de 2020, o Executivo de Nuno Gomes Nabiam suspendeu o contrato de gestão e nomear um novo diretor-geral para a empresa.

Em Julho de 2021, o consórcio voltou a assumir a gestão da EAGB.

No encontro em Washington, ainda segundo a nota do Ministério das Finanças, Ousmane Diagana garantiu que o "Banco Mundial vai continuar a acompanhar o Governo da Guiné-Bissau para encontrar uma solução duradoura para a empresa Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau".

O vice-presidente do BM para África Ocidental e Central propôs a "restruturação da EAGB" e defendeu a contratação de uma empresa especializada para acompanhar a Guiné-Bissau nas futuras negociações com empresa, turca Karpower, que fornece a electricidade à EAGB".

No encontro realizado durante as reuniões da Primavera do BM e do Fundo Monetário Internacional (FMI) Diagana admitiu analisar um apoio orcçamental ao país e felicitou igualmente o Governo pelo Programa Financeiro alcançada com o FMI em Janeiro.

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