A Renamo pediu nesta segunda-feira ao Presidente moçambicano Filipe Nyusi a retomada do diálogo com o Governo mas com recurso à mediação internacional.
Em Luanda, Nyusi disse que o seu Governo deve seguir o exemplo de Angola sobre o desarmamento dos movimentos de guerrilha transformados em partidos políticos.
Numa carta enviada à Presidência da República e à Igreja Católica, o partido de Afonso Dhlakama diz que a crise em curso no país já não é uma questão meramente doméstica e por isso defende o envolvimento da comunidade internacional na mediação das negociações.
"Depois da vergonha que se passou no ataque à casa do presidente Afonso Dhlakama, não há dúvidas de que aquela equipa de mediadores já não tem condições para continuar o seu papel", afirmou o porta-voz da Renamo António Muchanga.
Entretanto em Luanda, onde iniciou hoje uma visita de Estado, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu que o país deve seguir o exemplo de Angola, sobre o desarmamento dos movimentos de guerrilha transformados em partidos políticos, numa alusão ao clima de insegurança vivido em Moçambique.
"O povo angolano encontrou a forma certa para a coexistência pacífica entre as várias formações políticas. Uma fórmula que consegue manter as formações politica não-armadas. Acreditamos que essa experiência será explorada pelos nossos deputados", disse Filipe Nyusi, ao intervir na Assembleia Nacional, em Luanda.