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Governo de Luanda impede manifestação contra o lixo


Crise de lixo em Luanda, prédio dos soviéticos no bairro Marçal. Angola, 17 de Março 2021
Crise de lixo em Luanda, prédio dos soviéticos no bairro Marçal. Angola, 17 de Março 2021

Trabalhadores do Tribunal Supremo preparam greve e professores garantem paralisação a partir de segunda-feira

O Governo da província angolana de Luanda proibiu uma manifestação no dia 1 de Maio contra o lixo, organizada por elementos da sociedade civil em protesto contra o que se convencionou chamar de crise do lixo.

“Luanda Lixada” pretende ser um grito contra o acumular de lixo na capital angolana que levou, na semana passada, a UNITA a pronunciar-se sobre o assunto e a responsabilizar o Presidente João Lourenço e a governadora Joana Lina pela situação.

O Governo provincial alegou que o decreto presidencial de 26 de Março proíbe a concentração de mais de 10 pessoas devido à Covid-19.

Entretanto, um dos promotores da manifestação, Israel Campos, divulgou na na sua página no Instagram fotos de manifestações realizadas, no passado sábado, em várias cidades contra o aumento dos preços das matrículas no ensino superior, bem da marcha das mulheres, em Luanda e de actividades públicas de militantes do MPLA e da UNITA.

Por isso, os promotores garantem que vão desafiar as autoridades e protestar no dia 1.

Greves

Por outro lado, na segunda-feira, 26, os professores do ensino geral em todo o país iniciam uma nova greve contra a falta de promoções e o incumprimento por parte do Governo do caderno reivindicativo apresentado há três anos.

O presidente do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof), Guilherme Silva, em entrevista à VOA, disse que um encontro na passada terça-feira não produziu qualquer resultado porque as autoridades alegaram falta de dinheiro para as promoções em função do tempo de serviço.

Tribunal Supremo, Angola
Tribunal Supremo, Angola

Soube-se também em Luanda que trabalhadores do Tribunal Supremo pretendem entrar em greve dentro de 10 dias por melhores condições de trabalho e aumento salarial.

Em Dezembro, a classe tinha feito uma greve geral para exigir melhores condições de trabalho e aumento de salários.

Tal como agora, eles pediam a equiparação salarial dos funcionários do Tribunal Supremo, com os outros funcionários (de outros órgãos de soberania) que têm um salário de duas três vezes superior, segundo alegou a Comissão Sindical.

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