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Governo de Cabinda reforça segurança para evitar celebrações em torno do Tratado de Simulambuco


Forças Armadas Angolanas em Cabinda (Foto de Arquivo)
Forças Armadas Angolanas em Cabinda (Foto de Arquivo)

Cabindas queixam-se de não poder celebrar a efeméride que apontava para a autodeterminação do enclave

O Governo provincial de Cabinda reforçou as medidas de segurança no local onde foi assinado em 1885 o Tratado de Simulambuco e colocou barreiras para impedir a realização de manifestações e o acesso à área onde se encontra o monumento considerado pelos cabindas como símbolo de reivindicação da sua soberania em relação a Portugal.

Afastados do local, as autoridades tradicionais acusam o Governo e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) de tentarem subverter o significado histórico do tratado e impedir as populações locais de celebrarem a efeméride, nesta segunda-feira, 1 de Fevereiro.

Autoridades isolam local do tratado de Simulambuco em Cabinda – 1:44
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José Brás, coordenador da aldeia de Simulambuco, onde está erguido o monumento, acusou as autoridades de “terem permitido a vandalização do memorial”.

Entretanto, o FCD refuta tais declarações dizendo, contudo, que foi graças ao Fórum que a data passou a ser celebrada.

Para o general na reserva e presidente do FCD, Mauricio Amado Zulo, o FCD “tem procurado preservar a identidade histórica e cultural do tratado e defende a preservação do seu espírito como instrumento identitário do povo de Cabinda”.

O Tratado de Simulambuco foi assinado a 1 de Fevereiro de 1885 entre o Governo português e os autóctones cabindeses e 126 anos depois reveste-se ainda para os cabindas como um símbolo à luz do direito internacional para continuarem a reivindicar a sua autodeterminação.

O Governo angolano não aceita dialogar autonomia ou independência para a província de Cabinda.

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