Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores do Brasil afirmaram em nota, neste domingo, 2, que o Governo vai trazer de volta todos os brasileiros que se encontram em Wuhan, a cidade mais afetada pela epidemia de coronavírus na China, e que manifestem desejo de retornar.
O Governo teve de recuar depois de, no início, o Presidente Jair Bolsonaro ter recusado trazer brasileiros porque, primeiro, era "melhor que os que estão lá fiquem lá" para evitar contaminação no país e, segundo, "é muito caro e falta lei para obrigá-los a ficar em quarentena".
A decisão foi anunciada após a divulgação de um vídeo em que um grupo de brasileiros pede ajuda para regressar, lembrando de operações feitas por outros países para retirarem seus cidadãos da China.
Além disso, comprometem-se a passar por um período em quarentena após chegarem ao Brasil.
O Governo informou agora que, assim que chegarem, esses cidadãos serão submetidos a uma quarentena "de acordo com os procedimentos internacionais, sob a orientação do Ministério da Saúde".
A ordem para cumprir quarentena é só para brasileiros.
Estrangeiros que chegam em voos provenientes da China não são obrigados a ficar isolados.
Entretanto, o número de mortos aumentou neste domingo par 361, com um nas Filipinas, enquanto os infetados ascendem a 17 mil.
No Brasil, há 16 casos suspeitos e nenhum confirmado.
Em Angola, um caso suspeito deu negativo e as autoridades cabo-verdianas monitoram nove pessoas que entram no país provenientes da China.