O Presidente angolano determinou o controlo dos preços da cesta básica no país.
A decisão consta de um decreto assinado por José Eduardo dos Santos, com data de 30 de Maio, que altera a legislação que regulamenta o Sistema Nacional de Preços, para “assegurar uma melhor compreensão e implementação do regime de preços vigiados” definidos pelo Governo.
O economista Preciso Domingos considera normal o aumento do preço da cesta básica e afirma que as autoridades esqueceram-se dos fundamentos da economia.
“Face aos erros que foram cometidos no passado, a economia criou condições para alteração dos preços”, disse Domingos, que recomenda alterar as políticas do passado.
A saída, para ele,passa pelo Governo baixar os custos da estrutura de produção e apostar na diversificação da economia porque“é o mercado a dizer que isso não funciona assim”.
José Matuta, outro economista, reconhece que as taxas de câmbio influenciam a subida dos preços da cesta básica, mas afirma que a medida pode impedir a especulação dos preços: “esse decreto presidencial visa essencialmente atingir os especuladores”.
Matuta entende ser normal que o Governo regule o mercado e diz que a medida poderá beneficiar os consumidores.
A lista integra 32 produtos, mas também serviços como tarifas de passagem aérea, de transporte rodoviário, marítimo e ferroviário, de passageiros e carga, mas também de táxi (transportes públicos informais).