Links de Acesso

General acredita ter propostas "viáveis" para Cabinda a apresentar ao Presidente angolano


Presidente angolano João Lourenço em Benguela, 20 de Fevereiro 2021
Presidente angolano João Lourenço em Benguela, 20 de Fevereiro 2021

José Sumbo diz ter tido confirmação que será recebido por João Lourenço

O general na reserva das Forças Armadas Angolanas (FAA) José Sumbo pediu ao Presidente João Lourenço uma audiência para apresentar propostas para a solução de alguns problemas económicos e sociais em Cabinda.

Aquele militar, que já foi responsável de algumas instituições do Estado em Cabinda e que é quadro do MPLA, revelou ter recebido a comfirmação de que a audiência pode acontecer a qualquer momento.

General na reserva diz que vai encontrar-se com João Lourenço – 2:05
please wait

No media source currently available

0:00 0:02:05 0:00

Em conversa com a VOA, Sumbo diz que em Cabinda há fricções e
ainda se morre por conflitos armados.

"A FLEC do falecido Nzita Tiago está aí nas matas e não anda à procura de veado para caçar, mas faz acções e as FAA também nao admitem, e nestas fricções morrem pessoas nesses conflitos", afirma o militar, para quem a questão de Cabinda pode ser resolvida com diálogo, com todos e sem exclusão.

"Criou-se um interlocutor, o Bento Bembe, qual foi o resultado? Só piorou, não se deve excluir ninguém vamos discutir todas as propostas e com paciência e respeitar a opinião de todos", sustenta José Sumbo.

Sobre o plano do Governo PRODESI, o militar que é economista de formação, tem uma proposta que pensa ser viável e por isso quer falar com o Presidente.

"Este trabalho que apresento tem muito a ver com a postura dos dirigentes perante os projectos, eles, os ministros devem ocupar-se apenas do seu papel político, efectuar visitas, etc., mas a execução deve ser exclusiva dos produtores, os ministros devem deixar de ser simultaneamente coordenadores e gestores, e o que se assiste actualmente no âmbito do PRODESI, que não resulta", diz.

Ante o momento actual do país, Sumbo acredita que é tempo de as populações que habitam regiões ricas como Cabinda serem ouvidas.

"O povo deve fazer parte das concepções, deve sentir-se parte do que é seu, o povo não é tido nem achado e ainda as riquezas são retiradas para beneficiar Luanda, não está correcto, os recursos devem ser aplicados em projectos prioritários para os cidadãos e não tudo ao mesmo tempo", defende o militar que, sobre a luta contra a corrupção, aponta o dedo ao Governo.

"Ainda há marimbondos no Executivo actual, não preciso citar nomes, mas eles estão aí e vão fazendo das suas de uma ou de outra forma", conclui.

XS
SM
MD
LG