Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G-7 pediram uma retirada "rápida, incondicional e verificável" das tropas da Eritreia da região de Tigray, no norte da Etiópia.
Os ministros das principais economias do mundo mantiveram esta sexta-feira a reunião anual em Berlim e emitiram uma declaração após um anúncio recente do primeiro-ministro Abiy Ahmed, de que as forças da Eritreia se retirarão de Tigray em breve.
Os ministros do G-7 exortaram todas as partes a exercerem “o máximo de contenção, garantir a protecção de civis e respeitar os direitos humanos e o direito internacional”.
Os ministros da Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos e o alto representante da União Europeia apelaram ao "fim da violência e ao estabelecimento de um processo político claro e inclusivo que seja aceitável para todos Etíopes, incluindo os de Tigray. "
O processo deve levar “a eleições confiáveis e a um processo de reconciliação nacional mais amplo”, disse o comunicado.
Os ministros também expressaram profunda preocupação com os relatórios recentes sobre “violações e abusos dos direitos humanos e violações do direito internacional humanitário em Tigray”.
Abiy ordenou as tropas etíopes a entrarem em Tigray em Novembro para deter e desarmar líderes da Frente de Libertação do Povo Tigray, dizendo que o grupo era responsável por incitar ataques a acampamentos do exército federal.
Ambos os países negaram por vários meses que tropas da Eritreia tivessem entrado em Tigray, ao contrário dos relatos de diplomatas, trabalhadores humanitários, residentes e até mesmo algumas autoridades etíopes.
O conflito armado em Tigray ceifou a vida de milhares de pessoas e forçou centenas de milhares a abandonar as suas casas. A região de mais de 5 milhões de habitantes enfrenta escassez de alimentos, água e medicamentos.
G-7 pede retirada rápida das tropas da Eritreia de Tigray
- VOA Português
