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G-7 manifesta apoio a Moçambique na luta contra a insurgência e pede combate às causas do conflito


Ministros dos Negócios Estrangeiros do G-7 em Londres, 5 de Maio de 2021
Ministros dos Negócios Estrangeiros do G-7 em Londres, 5 de Maio de 2021

Chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados pedem responsabilização dos autores de violações dos direitos humanos

Os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo, o G-7, manifestaram a sua preocupação com a situação na província moçambicana de Cabo Delgado e pediram a Maputo que responsabilize os autores de violações de direitos humanos.

Num comunicado emitido no final da primeira reunião presencial em Londres em dois anos, nesta quarta-feira, 5, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá, Japão e Itália encorajaram “Moçambique a continuar a trabalhar com a comunidade internacional para resolver o impacto humanitário da insurgência e atacar a raiz das causas e motivos do conflito e instabilidade e para prevenir um aumento maior da violência”.

Na nota, eles disseram estar “profundamente preocupados pelo escalar do conflito em Cabo Delgado e com o aumento de ataques terroristas por uma afiliada do ISIS” e expressaram a sua “solidariedade para com o Governo de Moçambique e o seu povo em enfrentar a violência extremista”.

No entanto, não passou ao lado dos ministros as denúncias de residentes na região, activistas e organizações não governamentais de violações de direitos humanos, não apenas por parte dos insurgentes, mas também das Forças de Defesa e Segurança e de grupos privados contratados pelo Governo.

“Apelamos a Moçambique para responsabilizar os autores de abusos de direitos humanos e violações em Cabo Delgado”, afirmaram os chefes da diplomacia do G-7 que “saudaram também o trabalho do Governo de Moçambique na resposta à situação humanitária”.

A reunião do G-7 teve na agenda vários temas da actualidade mundial, com particular incidência na luta contra o terrorismo, as ameaças da China e da Rússia e os programas nucleares do Irão e da Coreia do Norte.

A província de Cabo Delgado tem sido assolada por ataques de insurgentes aliados ao Estado Islâmico desde Outubro de 2017, que deixaram 700 mil deslocados e 2.600 mortes, metade delas civis, de acordo com a agência americana de recolha de dados Armed Conflict Location and Event Data (ACLED).

A situação de insegurança levou a multinacional Total a suspender os trabalhos de exploração de gás, no projecto orçado em 20 mil milhões de dólares.

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