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Ciclone Freddy deixa Moçambique em alerta máximo


Efeitos do furacão Freddy em Belle Mare, nas Maurícias, 20 de Fevereiro 2023 (Laura Edwards/via Reuters)
Efeitos do furacão Freddy em Belle Mare, nas Maurícias, 20 de Fevereiro 2023 (Laura Edwards/via Reuters)

Autoridades dizem que 600 mil pessoas podem ser afectadas, das quais 100 mil poderão necessitar de ajuda

As autoridades moçambicanas estão em alerta máximo ante a eventual passagem pelo país do ciclone Freddy, que está muito activo no Oceano Índico e que deve chegar a Madagascar ainda nesta terça-feira, 21.

Embora se espere que perca força antes de se aproximar de Moçambique, na sexta-feira, 24, quando poderá ter a categoria de ciclone tropical, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Catástrofes (INGD) abriu 260 comités centrais na província da Zambézia, no centro do país.

O chefe do Departamento de Recursos Hídricos no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Agostinho Vilanculos, admitiu que 600 mil pessoas podem ser afectadas pela passagem de Freddy, das quais 100 mil podem necessitar de ajuda.

“Este sistema está a leste de Madagáscar, com movimentos muito rápidos. É por este motivo que, quando chegar a Madagáscar, vai entrar como ciclone tropical intenso, acompanhado de ventos com rajadas de cerca de 280 ou 290 quilómetros por hora. É um sistema muito intenso, por essa razão Madagáscar activou o alerta vermelho. Então, ele vai entrar em Madagáscar e, em menos de 24 horas, sairá e entrará no Canal de Moçambique”, Vilanculos num encontro do Centro Operativo de Emergência (CENOE), na Zambézia.

Ante este cenário o "INGD aposta na acção preventiva", diz aquele Instituto em nota na qual indica que “415 salas de aulas e 221 igrejas estão a ser preparadas para que, havendo necessidade, sirvam de Centros de Acomodação".

Foram definidos 69 bairros de reassentamento e a Delegação Provincial do INGD na Zambézia já disponibilizou "bens alimentares e um total de 11 embarcações”.

Além da Zambézia, no centro de Moçambique, as autoridades de outras províncias preparam-se para fazer face a eventuais impactos do fenómeno.

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