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Fundação 27 de Maio insurge-se contra "branqueamento" da imagem de um dos acusados do massacre de 1977


General Rodrigues João Lopes, Ludy Kissassunda, faleceu na semana passada em Lisboa

A Fundação 27 de Maio insurgiu-se nesta segunda-feira, 11, contra a direcção do MPLA por alegadamente, estar a “branquear” a imagem do falecido general, Rodrigues João Lopes, Ludy Kissassunda, descrito pela organização como “o maior carrasco e repressor do 27 de Maio”.

Ludy Kissassunda, histórico militantedo MPLA e antigo chefe da Direcção de Informação e Segurança de Angola (DISA), entre 1975 e 1979, faleceu na passada quarta- feira, emPortugal, aos 89 anos, vítima de doença.

Na sua mensagem de condolências, o MPLA afirmou que a morte de Ludy Kissassunda “representa a perda de um militante abnegado e intransigente, profundo conhecedor do percurso histórico-revolucionário de Angola”.

Para o partido no poder desde 1975, o falecido general “dedicou os melhores anos da sua vida, destacando-se pelo sentido de disciplina, rigor e obediência político-partidário”.

General Silva Mateus, Presidente da Fundação 27 de Maio
General Silva Mateus, Presidente da Fundação 27 de Maio

A reacção do responsável pela Fundação 27 de Maio, que luta pela memória dos milhares que foram massacrados em 1977 pelo Estado, não se fez esperar.

“Estão a destacar uma falsidade da história do MPLA”, acusou o general na reserva Silva Mateus, em declarações à VOA, para quem Ludy Kissassunda “não devia morrer antes de assistir ao desfecho do processo de reconciliação entre os angolanos”.

Kudy Kissassund foi membro fundador do então braço armado do MPLA, as FAPLA, e integrante do conhecido "Esquadrão Kamy” .

Ele também fez parte da primeira delegação do MPLA que chegou a Luanda, depois da luta de libertação nacional,em novembro de 1974.

O corpo dele chega a Luanda na quinta-feira, 14, de acordo com fonte familiar citada pela imprensa pública.

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