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Mais de quatro mil funcionários públicos expulsos por corrupção em 14 anos no Brasil


A corrupção no Brasil não está presente apenas entre os políticos e nos últimos 14 anos, o Governo federal expulsou aproximadamente seis mil servidores públicos por envolvimento em actividades ilegais, entre elas actos corruptos.

Os números foram apresentados nesta semana pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União.

Entre 2003 e Setembro deste ano, 5.043 servidores públicos foram demitidos, 467 aposentadorias foram cassadas e 532 ocupantes de cargos em comissão foram destituídos.

O Ministério ressalta no estudo que o principal fundamento das expulsões foi a comprovação da prática de actos relacionados à corrupção, com 4.013 penalidades aplicadas ou 65,4 por cento do total.

O abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são motivos que vêm em seguida, com 1.395 ocorrências.

Destacam-se também entre as razões que mais afastaram servidores públicos de suas funções proceder de forma desidiosa (ociosa) e participação em gestão ou administração de sociedade privada.

Recorde

Nos últimos cinco anos, Setembro registou recorde por maior número de punições (74), tanto no comparativo com o mesmo período dos últimos cinco anos, como com outros meses de 2016.

Entre as unidades federativas brasileiras, a corrupção no serviço público está mais presente no Rio de Janeiro (1.052), no Distrito Federal (746) e em São Paulo (640).

As pastas com maior quantidade de servidores expulsos são o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o Ministério da Justiça e Cidadania e o Ministério da Educação.

Para o Corregedor Geral da União, Valdir João, o resultado mostra o combate à corrupção no serviço público.

“A sociedade tem pleiteado isso. Que as punições ocorram, que se trabalhe na prevenção, na detecção e que, por consequência, aquela conduta inadequada sofra uma reprimenda adequada”, disse em entrevista à Rádio CBN.

Esses servidores públicos punidos nos termos da Lei Ficha Limpa estão inelegíveis por oito anos.

A depender do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargos públicos.

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