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Frente única da oposição proposta pela UNITA encontra reservas


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício em Malanje, 23 novembro 2020
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício em Malanje, 23 novembro 2020

CASA-CE diz que a forma como a iniciativa é apresentada não é melhor e que ela deve ser parte da criação da frente

A UNITA apelou à criação de uma frente única da oposição para afastar o MPLA do poder em Angola, abrindo um debate a menos de dois anos das eleições gerais.

Oposição reage com dúvidas a proposta de frente eleitoral única -2:10
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Algumas forças políticas na oposição concordam com a iniciativa, mas a CASA-CE, a segunda maior força na oposição, diz que não é com um apelo que as coisas funcionam e que ela deve ser parte da criação de uma eventual frente.

O deputado e primeiro-ministro sombra da UNITA Raúl Danda justifica a iniciativa com a necessidade premente de que, “os patriotas deste país, não importa a que força política representam, se juntem para uma alternância, não como vontade de governar mas de criar a alternância como necessidade de mudar a actual governação”.

Para Danda, é a única forma de “melhorar a imagem do país que tem muito mais para dar e deixar de ser esta miséria, para ser um país de verdade".

A proposta é bem aceite por Justino Pinto de Andrade, do Bloco Democrático que, no entanto, afirma ser um assunto ainda para debater.

“A formação desta frente é uma questão de discussão e de nós próprios a desenharmos para que o futuro não continue a ser sombrio para os angolanos, como ocorre, porque há pessoas que se esqueceram que este país não pertence apenas a eles", sublinha Pinto de Andrade.

Por seu lado, o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, que também considera a proposta de boa, alerta que a forma como a UNITA está a tentar inmplementá-la não é a melhor.

"A CASA não concorda que seja chamada para integrar qualquer determinado movimento, nós temos que ser parte da concepção da ideia, da maneira que se está a gerir esta necessidade de frente única para tirar o MPLA do poder nós não estamos disponíveis”, afirma peremtório o líder da coligação.

Com uma posição, mais abrangente, o secretário-geral do PRS entende que essa eventual frente não deve resumir-se apenas aos partidos.

“É urgente que nos juntemos para combater quem já deu mostras que não tem competência para governor, mas esta frente no nosso entendimento não se deve ficar apenas pelos partidos políticos, deve juntar todos os angolanos que são vítimas destas vicissitudes desta governação desastrosa do MPLA”, sustenta Rui Malopa, para quem “se deixarmos esta tarefa só para os partidos não vai resultar"

Recorde-se que ontem, no “dia do patriota”, em que a UNITA assinalou o 19o. aniversário da morte do seu fundador Jonas Savimbi, o Comité Permanente da Comissão Política do partido propôs a "criação de uma frente patriótica para alternância do poder” visando "salvar" Angola de uma "ditadura democrática", frente ao que considerou um retrocesso nas consquistas do país.

O partido liderado por Adalberto Costa Júnior defendeu ser “imperiosa a criação de uma frente patriótica para alternância do poder, com o fito de se salvar o país, amordaçado pela ditadura democrática”, no momento em que vê “com imensa preocupação o retroceder das conquistas alcançadas".

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