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Frelimo reitera continuidade do processo de paz em Moçambique


Porta-voz reage a eventual ameaça da Renamo em abandonar as negociações

A Frelimo, maior partido em Moçambique reagiu à ameaça da liderança da Renamo de abandonar as negociações de paz com o Governo, afirmando ter dado instruções ao Executivo no sentido de continuar a trabalhar para que o processo não descarrile, numa altura em que alguns analistas reiteram a necessidade do alargamento da base do diálogo sobre a pacificação.

Frelimo reitera continuidade do processo de paz em Moçambique
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A Renamo, insatisfeita com a forma como decorreu o processo eleitoral do passado dia 10, diz que o diálogo político com o Governo está suspenso, o que para a Frelimo significa um esforço para desenterrar o machado da guerra.

O porta-voz da Frelimo, Caifadine Manasse, afirma que o processo de paz é irreversível, sublinhando que "a Frelimo vai trabalhar para que o Governo continue a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que a paz seja efectiva".

Entretanto, em meios académicos afirma-se não ser expectável que a Renamo volte às matas, situando-se as ameaças de alguns responsáveis deste partido no contexto duma estratégia de pressão sobre a Frelimo.

O analista e economista Constantino Marrengula, é da opinião de que a Renamo não fez o papel que devia ter feito, "e continua a seguir a estratégia de divisão das oportunidades de acesso ao Estado, e nesse processo prefere negociar a só com a Frelimo".

"Quando é assim", sublinha o economista, "os argumentos que hoje apresenta ficam esvaziados, sobretudo porque a Renamo está a lutar pelo poder. Penso que se a Renamo tivesse algum interesse em que o processo fosse efectivamente transparente, deveria apoiar as agendas que defendem o alargamento da base do diálogo sobre a paz".

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