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Sombra de fraude, ausência de propostas viáveis e distância impedem angolanos de votar


A eleição desta quarta-feira, 24, em Angola é apontada como uma das mais disputadas desde as primeiras realizadas em 1992.

A VOA tem reportado um enorme interesse, principalmente dos cerca de três milhões de jovens eleitores, em exercer o seu direito constitucional de votar, no entanto, há quem já decidiu que não o irá fazer.

Uns por descrédito no sistema, outros por não terem recursos para se deslocarem às assembleias de voto, muitas delas colocadas a vários quilómetros de distância das residências.

Rosário Pedro Domingos, de 36 de idade, conta que não vai votar por não acreditar nos resultados eleitorais dos pleitos passados.

“Não vou votar porque das eleições passadas até hoje só vejo fraude , é apenas o mesmo partido que se mantém no poder”, afirma, “por isso estou chateado”.

Quem também não vai votar é António Fortunato, que diz não ter sido convencido pelos programas eleitorais apresentados pelos partidos políticos.

"Não têm uma proposta que me deixem satisfeito, a questão das escolas, alimentação, falta de emprego, questões que penso deviam ser resolvidas”, justifica.

A localização das assembleias de voto, algumas a muitos quilómetros das residências dos eleitores, também leva muitas pessoas a não irem às urnas.

Clara Sachingue é peremptória ao dizer que “não tenho dinheiro para o táxi, não tenho como votar”.

As assembleias de voto abrem às 7 horas e encerram às 17 horas em todo território nacional e estão inscritos para votar cerca de 14 milhões de angolanos.

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