As forças francesas mataram 33 militantes islâmicos, no Mali, no sábado, 21, usando helicópteros, tropas terrestres e drones, perto da fronteira com a Mauritânia, onde opera um grupo ligado à Al Qaeda, disse o presidente Emmanuel Macron.
A Reuters escreve que o ataque a cerca de 150 quilómetrosa noroeste de Mopti, no Mali, teve como alvo a mesma área florestal onde a França erroneamente alegou, no ano passado, ter morto Amadou Koufa, um dos militantes islâmicos mais antigos e procurado pelas forças francesas no Sahel.
Um porta-voz do chefe de gabinete do exército francês declinou comentar se Koufa era o alvo desta vez.
Koufa é um dos principais adjuntos de Iyad Ag Ghali, líder do grupo jihadista mais proeminente do Mali, Jama'at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM), que atacou repetidamente soldados e civis no Mali e na vizinha Burkina Faso.
O presidente Emmanuel Macron anunciou a operação num discurso à comunidade francesa na principal cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, descrevendo-a como um grande sucesso.
"Esta manhã ... fomos capazes de neutralizar 33 terroristas, levar um prisioneiro e libertar dois gendarmes do Mali que foram mantidos reféns", disse Macron, um dia depois de visitar tropas francesas estacionadas na Costa do Marfim.
Autoridades malianas satisfeitas
As autoridades malianas saudaram o sucesso do ataque afirmando que estão satifeitas por “a luta contra o terrorismo estar a tomar uma direcção mais ofensiva".
"Saúdo esta operação, que deve continuar," disse o porta-voz do governo do Mali, Yaya Sangare.
As Nações Unidas, a França e os Estados Unidos investiram biliões de dólares na estabilização do Sahel, uma região árida da África Ocidental ao sul do deserto do Saara, mas com pouco sucesso.
A França, antiga potência colonial em vários países da África Ocidental, tem, no Mali, mais de quatro mil soldados na sua Operação Barkhane contra o terrorismo. As Nações Unidas têm uma operação de manutenção da paz de 13 mil soldados.