O 8º Fórum Mundial da Água terminou nesta sexta-feira, 23, em Brasília com a assinatura de duas declaraçôes por 150 países, mas sem qualquer compromisso: a Declaração de Sustentabilidade e os Compromissos Parlamentares.
Os documentos se juntaram a outras quatro declarações que resultaram do evento.
O texto sobre sustentabilidade chamou a atenção para a situação actual das políticas sobre água, cujas políticas e acções "não estão sendo suficientes" para alcançar os objectivos da Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
"Os objectivos sustentáveis não poderão ser implementados com as políticas correntes. [...] Ninguém deve ser deixado para trás, incluindo as populações refugiadas" lê-se no texto que propõe, ainda, a prevenção de conflitos, a diplomacia da água e alianças internacionais como condições para a universalização da água e dos saneamento básico.
No mês de Julho, o texto será levado ao Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que acontece nos Estados Unidos.
A ideia é garantir alianças cooperativas, reformas hídricas e inovações financeiras, dizem os organizadores.
Compromissos parlamentares
Outro documento apresentado foi o "Compromisso Parlamentar", que estabelece objectivos a serem alcançados, como a conquista do "saneamento como direito fundamental humano".
A declaração propõe ainda a criação de mais leis que possam "garantir políticas públicas de uso eficiente da água e combate ao desperdício".
Ainda neste ano, a declaração será enviada aos parlamentos de todo o mundo
Ao longo de cinco dias de debates, o fórum levou a mesas de discussões temas como saneamento e direito à água, em 300 eventos e 600 debates
O evento contou com representantes de 172 países, cerca de 13 mil delegados, entre eles 12 chefes de Estado, 134 parlamentares, 70 ministros e 1.913 jornalistas.
O 9o. Fórum Mundial da Água realiza-se em 2021 na cidade de Dakar, no Senegal.