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Forças somalis e ugandesas confirmam morte de 189 combatentes do al-Shabab


Soldados das Forças de Defesa do Povo Ugandês (UPDF)
Soldados das Forças de Defesa do Povo Ugandês (UPDF)

Oficiais somalis e as Forças de Defesa do Povo do Uganda (UPDF) afirmaram ter morto 189 combatentes do al-Shabab na noite de sexta-feira e na madrugada de sábado numa operação no sul da Somália.

O governador de Lower Shabelle, Abdulkadir Mohamed Nur Siidi, disse ao Serviço Somali da VOA, em conversa telefónica, que soldados de Uganda sob a missão da União Africana na Somália (AMISOM), usando helicópteros de ataque, mataram quase 200 militantes da Al Shabab.

O governador Siidii disse que os ataques, junto com os ataques terrestres das tropas conjuntas, ocorreram na sexta-feira e na madrugada de sábado numa série de aldeias entre os distritos de Qoryoley e Janaale, na região sul da Somália de Lower Shabelle.

"As milícias foram atacadas nos seus esconderijos nas aldeias de Sigaale, Adimole e Kayitoy, pouco mais de 100 quilómetros a sudoeste da capital, Mogadíscio", disse Nur.

Um comunicado do Exército do Uganda disse que durante a operação "um grande número de equipamentos militares e itens usados pelos terroristas também foram destruídos".

"A UPDF também interrompeu uma reunião do al-Shabab, ferindo vários terroristas em Donca-daafeedow, que fica a sete quilómetros da cidade de Janaale", acrescentou o comunicado.

Residentes disseram à VOA, sob condição de anonimato, que podiam ver helicópteros militares atingindo alvos e esconderijos importantes do al-Shabab nos matagais e fazendas ao redor da cidade de Janaale.

A AMISOM está na Somália há mais de 10 anos, mantendo a paz e apoiando o governo da Somália para evitar ataques de militantes do al-Shabab, que pretende derrubar o governo e impor sua própria interpretação severa da lei islâmica Sharia.

O grupo controlou grandes áreas do centro-sul da Somália até 2011, quando foi expulso de Mogadíscio pelas tropas da União Africana.

Falando sobre as últimas operações, oficiais militares da Somália e do Uganda dizem que este foi o maior número de combatentes do al-Shabab mortos numa operação militar num único dia.

O governador Siidii disse que a AMISOM introduziu uma nova estratégia e revelou um novo poder militar: "Os soldados do Uganda estão a usar helicópteros de ataque pela primeira vez nas suas operações, e também o Exército Nacional da Somália, com a ajuda da AMISOM, criou uma estratégia de ataques agressivos contra militantes nos seus esconderijos, em vez de esperar pelos seus ataques", disse.

Esta operação ocorre uma semana depois que o exército dos Estados Unidos disse que havia concluído a retirada das tropas da Somália.

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