Apesar desses avanços das tropas da AMISOM, o restabelecimento da autoridade do Estado nessas áreas recentemente recuperadas continua a ser um grande desafio.
A Força da União Africana na Somália, conhecida como AMISOM, anunciou hoje, 13, que o contingente de tropas do Djibouti assumiu o controlo territorial da região de Hiraan, ao norte da capital Mogadíscio, alargando deste modo os recentes avanços militares no terreno.
O coronel Ali Hamud, porta-voz da Amisom: “Existem pequenas cidades nas quais os militares djiboutianos estão em avanço, mas o objectivo é ir para além desses limites”.
O serviço somali da VOA reportou que tropas do Djibouti, da Etiópia e da Somália conquistaram a urbe de Buloburbe, uma cidade na região de Harran a cerca de 125 quilómetros ao norte de Mogadíscio.
Na semana passada, soldados etíopes sob o comando da AMISOM assumiram o controlo de várias cidades estratégicas no sudoeste da Somália.
Membros do Governo somali dizem que nalguns casos os combatentes da al-Shabab tinham fugido de suas posições antes de se confrontarem com os soldados que estavam em avanço.
As operações militares em curso representam o mais significativo progresso já feito pelas forças regionais contra o grupo de militantes terroristas desde 2012, quando o exército queniano assumiu o controlo do porto da cidade de Kismayo.
Mas os sucessos militares não deixam de ter desafios futuros.
Mahamed Muse Tarey, director do Instituto Somali para Estudos Políticos e Estratégicos, realça que as disputas políticas podem reaparecer quanto há reivindicações de vitórias territoriais.
“O que percebemos antes, é que nalgumas áreas foram libertadas do controlo da al-Shabab, não havia uma estratégia política a ser aplicada. E o que aconteceu, é que houve um vazio de poder, e também lutas de clãs para ocupar esse vazio.”
A cidade de Kismayo serve como um dos exemplos. Depois que a al-Shabab fugiu da cidade, surgiu uma luta poder entre o governo federal e os líderes somalis locais que tinham o apoio regional e outros actores locais. Cinco homens chegaram a reivindicar a presidência de Kismayo que viria a ser reconhecido como um novo Estado.
O próximo desafio poderá ser a região de Gedo, onde existe possibilidades de luta de influências por parte dos países vizinhos da Somália, nomeadamente o Quénia e a Etiópia.
Numa mensagem difundida no início desta semana o líder da al-Shabab, Ahmed Abdi Godane, aproveitando-se dessa possível disputa, apelou aos somalis a pegarem em armas e lutar contra as forças etíopes que se encontram no país.
A Força da União Africana na Somália, conhecida como AMISOM, anunciou hoje, 13, que o contingente de tropas do Djibouti assumiu o controlo territorial da região de Hiraan, ao norte da capital Mogadíscio, alargando deste modo os recentes avanços militares no terreno.
O coronel Ali Hamud, porta-voz da Amisom: “Existem pequenas cidades nas quais os militares djiboutianos estão em avanço, mas o objectivo é ir para além desses limites”.
O serviço somali da VOA reportou que tropas do Djibouti, da Etiópia e da Somália conquistaram a urbe de Buloburbe, uma cidade na região de Harran a cerca de 125 quilómetros ao norte de Mogadíscio.
Na semana passada, soldados etíopes sob o comando da AMISOM assumiram o controlo de várias cidades estratégicas no sudoeste da Somália.
Membros do Governo somali dizem que nalguns casos os combatentes da al-Shabab tinham fugido de suas posições antes de se confrontarem com os soldados que estavam em avanço.
As operações militares em curso representam o mais significativo progresso já feito pelas forças regionais contra o grupo de militantes terroristas desde 2012, quando o exército queniano assumiu o controlo do porto da cidade de Kismayo.
Mas os sucessos militares não deixam de ter desafios futuros.
Mahamed Muse Tarey, director do Instituto Somali para Estudos Políticos e Estratégicos, realça que as disputas políticas podem reaparecer quanto há reivindicações de vitórias territoriais.
“O que percebemos antes, é que nalgumas áreas foram libertadas do controlo da al-Shabab, não havia uma estratégia política a ser aplicada. E o que aconteceu, é que houve um vazio de poder, e também lutas de clãs para ocupar esse vazio.”
A cidade de Kismayo serve como um dos exemplos. Depois que a al-Shabab fugiu da cidade, surgiu uma luta poder entre o governo federal e os líderes somalis locais que tinham o apoio regional e outros actores locais. Cinco homens chegaram a reivindicar a presidência de Kismayo que viria a ser reconhecido como um novo Estado.
O próximo desafio poderá ser a região de Gedo, onde existe possibilidades de luta de influências por parte dos países vizinhos da Somália, nomeadamente o Quénia e a Etiópia.
Numa mensagem difundida no início desta semana o líder da al-Shabab, Ahmed Abdi Godane, aproveitando-se dessa possível disputa, apelou aos somalis a pegarem em armas e lutar contra as forças etíopes que se encontram no país.