Os três juizes-conselheiros do Tribunal Superior Militar (TSM) detidos desde o dia 24 no Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) foram libertados nesta segunda-feira, 5.
"Trata-se de mais uma derrota do autoritarismo e da ditadura", escreve a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) na sua página no Facebook, onde anunciou a libertação dos magistrados que a organização diz terem sido "sequestrados pelo CEMGFA General Biaguê Na Ntam.
Um dia depois de terem emitido um acórdão a ordenar a libertação dos cerca de 50 acusados da suposta tentativa de golpe de Estado a 1 de fevereiro de 2022, Melvin Sampa, Júlio Embana e Rafael Luís Gomes foram chamados ao CEMGFA e detidos.
Eles não conseguiram falar nem com o advogados nem seus familiares.
Na semana passada, a LGDH pediu "a libertação imediata e incondicional dos juízes conselheiros, o cumprimento rigoroso e sem demoras do acórdão do tribunal Militar Superior que ordenou a libertação de todos os detidos e o fim imediata de pressões e instrumentalização da justiça militar para a satisfação das agendas políticas e partidárias".
Também a Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau (OAGB) repudiou e condenou com veemência o que considerou de ato de sequestro, rapto e coação contra os três juizes e colocou à disposição dos magistrados um coletivo de advogados.
Até agora, nem o CEMFGA nem o Governo se pronunciaram sobre o caso.
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