O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que realizou uma missão a Moçambique. Roberto Velloso, anunciou nesta terça-feira, 26, estar a analisar um financiamento de emergência a ao país entre 60 milhões e 120 milhões de dólares, para que Maputo possa fazer frente às consquência do ciclone Idai.
"Dada a magnitude do que aconteceu, aqui, a minha expectativa é que seja o valor mais alto, de 120 milhões de dólares", defendeu Velloso, adiantando que o FMI vai prestar a ajuda através do Instrumento de Crédito Rápido, um mecanismo instituído pela organização para atender a situações de emergência nos seus países membros.
Quanto ao trabalho de levantamento das necessidades de Moçambique devido a Idai, Ricardo Velloso considerou ser cedo para se avaliar os efeitos macroeconómicos, mas alertou que "os custos de reconstrução serão muito significativos" e que "a comunidade internacional terá de continuar a desempenhar um papel vital na prestação de assistência a Moçambique".
Frente ao cenário actual, Velloso advertiu, no entanto, que "vai afectar negativamente o crescimento económico este ano, e, muito provavelmente, vai haver um impacto negativo sobre a inflação".
O FMI mantém suspensa a ajuda orçamental a Moçambique, depois da descoberta do caso das dívidas ocultas, em 2016, pelo menos até negociações com o Governo que sair das eleições de Outubro.