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FBI detém suspeito de fuga de informação de inteligência classificada 


Agentes do FBI detêm membro da Guarda Nacional da Força Aérea dos EUA, suspeito de fuga de informação, 13 Abril 2003
Agentes do FBI detêm membro da Guarda Nacional da Força Aérea dos EUA, suspeito de fuga de informação, 13 Abril 2003

Jack Douglas Teixeira será apresentado à justiça ainda hoje

A polícia federal de investigação dos Estados Unidos, FBI, deteve nesta quinta-feira, 13, um membro de 21 anos da Guarda Aérea Nacional, suspeito de ter divulgado documentos classificados de inteligência, com informações sobre a Ucrânia.

O procurador-geral da República confirmou que a polícia "fez uma detenção e continua a conduzir actividades policiais autorizadas numa residência em North Dighton, Massachusetts”.

Merrick Garland acrescentou que a detenção do militar aconteceu “em ligação à investigação a uma suposta remoção, retenção e transmissão não autorizada de informações classificadas de defesa nacional”.

A detenção, ainda segundo Garland, decorreu "sem incidentes".

A acusação

O procurador-Geral identificou o indivíduo como Jack Douglas Teixeira e terá uma audiência inicial no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Massachusetts ainda hoje.

Rússia acusada de falsificar informação 
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A imprensa americana escreve que, à luz das revelações de Merrick Garland, ele deverá ser acusado ao abrigo da Lei de Espionagem, que criminaliza a remoção, retenção e transmissão de documentos classificados que possam ser usados para prejudicar os EUA ou auxiliar um adversário estrangeiro.

Caso for condenado poderá passar décadas em prisão.

O grupo de conversas

Jack Teixeira era o líder do Thug Shaker Central, um grupo formado durante a pandemia e cujas conversas eram à volta de armas, memes racistas, religião, equipamento militar e jogos de vídeo.

O Thug Shaker Central era composto por 20 a 30 pessoas e usava a aplataforma Discord.

Em Belfast hoje, o Presidente americano disse não estar muito preocupado com a falha de segurança, que pode ser a fuga de informação de inteligência mais grave numa década.

"Está a decorrer uma investigação completa, como sabem, com a comunidade dos serviços secretos e o Departamento de Justiça, e eles estão a aproximar-se, mas eu não tenho uma resposta", disse Biden aos repórteres na primeira vez que comentou sobre a fuga de informação que veio à tona na semana passada.

Na segunda-feira, 10, um porta-voz do Pentágono disse aos repórteres que a colecção de documentos apresentava um "risco muito sério para a segurança nacional".

O The Washington Post revelou ter entrevistado um membro do grupo Discord e obtido detalhes que corroboravam por os fornecidos por outro membro do grupo.

A notícia dizia que, de acordo com o membro do grupo, o leaker não era hostil para com o Governo dos EUA, mas que falava da aplicação da lei e da comunidade dos serviços secretos americanos como procurando reprimir os cidadãos e ocultar-lhes informações.

A mesma fonte acrescentou que o leaker partilhou inicialmente relatórios de inteligência dactilografados, mas mais tarde mudou para a partilha de fotos de documentos.

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