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Familiares de taxistas paquistanês morto num ataque de drones processam funcionários americanos


Residentes de Balochistão perto da viatura que transportava Mullah Akhtar Mansoor, no dia 21 de Maio, 2016.
Residentes de Balochistão perto da viatura que transportava Mullah Akhtar Mansoor, no dia 21 de Maio, 2016.

Julgamento poderá ser à revelia e os familiares provavelmente exigirão indemnização.

Familiares do taxista paquistanês, morto num ataque de drones americanos, na semana passada, meteram uma queixa formal à polícia contra funcionários americanos, cujos nomes não são indicados.

O alvo dos ataques americanos era o líder dos Talibãs afegãos, Mullah Mansoor.

O motorista Mohammad Azam transportava Mansoor, quando mísseis lançados por um drone atingiram o seu carro na província de Balochistão, no sudoeste do Paquistão.

A polícia do distrito remoto de Noshki, onde o ataque de mísseis ocorreu a 21 de Maio, confirmou, hoje, 29, que os familiares de Azam iniciaram o processo contra funcionários norte-americanas não identificados.

"O meu irmão, pai de quatro filhos, inocente, era o único que garantia a sobriviência da sua pobre família," disse um irmão do falecido motorista, na queixa apresentada em Noshki.

Ele disse que Azam não tinha qualquer ligação com grupos terroristas, e normalmente transportava passageiros em Taftan, junto à fronteira com o Irão.

O advogado Tahir Hussain disse à VOA que a familia de Azam irá provavelmente pedir um julgamento à revelia se os as autoridades americanas não responderem. Poderão igualmente exigir uma compensação monetária, acrescentou Hussain.

O Presidente Barack Obama e outros membros do seu governo confirmaram rapidamente a morte de Mansoor no ataque por drones.

As autoridades paquistanesas não comentaram a quesixa dos familiares do motorista. Segundo as leis locais, a polícia tem a obrigação de investigar plenamente um incidente antes de iniciar um processo judicial.

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