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Familiares de vítima da Polícia acusam PGR de arquivar caso para proteger imagem do Estado


Caso remonta a 2017 quando um comandante da polícia angolana disparou contra três cidadãos numa barraca

No dia 25 Junho de 2017, um membro da Polícia Nacional (PN) de Angola matou a tiros um agente da Direcção Nacional do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e dois funcionários da Unitel, empresa de telecomunicações na zona do Futungo de Belas, em Luanda.

O caso foi remetido à Procuradoria Geral da República (PGR) mas ainda sem qualquer resposta, os familiares de um dos funcionários da Unitel morto acusam agora o Ministério Público de ter arquivado o processo para não manchar a imagem do Estado angolano.

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Na altura, o Comando da PN em Luanda assumiu o acto, mas disse que os três jovens reagiram com tiros quando interpelados pela operação policial que estava no encalço de uma viatura roubada no município de Talatona, em Luanda.

Mais tarde soube-se que o funcionário da Unitel pediu a um colega que o levasse à casa no carro que a operadora telefónica lhe tinha atribuído em virtude de estar embriagado depois de uma festa, quando foram baleados.

Agora, familiares das vítimas dizem que o processo não teve qualquer evolução porque a PGR decidiu arquivá-lo para não manchar a imagem do Governo.

“A procuradoria quer ocultar o caso para não sujar o Estado, eu trabalhei na segurança do Estado, como deve saber a polícia é Estado e não se pode apanhar os assassinos para não manchar o estado”, denunciou Raul Miguel Espirito Santos, pai de Leandro Daniel do Espirito Santo, um dos trabalhadores da Unitel assassinados.

Testemunhas dizem que ao acordar, pensando que o carro tinha sido roubado, o funcionário ligou para o chefe dos Transportes da Unitel, a informar o ocorrido, tendo apresentado queixa à PN.

O carro foi localizado pela polícia, através do GPS, na posse de Reinaldo Maurício, funcionário da Unitel que tinha levado o colega à casa.

Paula Torcato, irmã de Reinaldo Maurício, disse que ele estava numa barraca à espera de uma refeição, juntamente Leandro Espírito Santo, tesoureiro da empresa, e Tchidy Wambambo, agente do SIC, quando apareceu uma viatura dirigida pelo comandante da 24ª. Esquadra do Benfica, quem atirou mortalmente contra os três. conta Paula Torcato, irmã de Reinaldo Maurício.

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