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Familiares de três activistas detidos em Luanda desconhecem o seu paradeiro


Álvaro Nuno Dala, activista angolano
Álvaro Nuno Dala, activista angolano

Director do SIC diz que ninguém está desaparecido e Nito Alves inicia greve de fome.

Familiares de três dos 15 activistas detidos no passado dia 20 em Luanda, acusados de rebelião contra o Presidente da República dizem desconhecer o seu paradeiro. O director do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Eugénio Alexandre diz que não e pede aos familiares para se dirigirem ao piquete da instituição.

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Nuno Álvaro Dala, Fernando António Tomás “Nicola” e Osvaldo Sérgio Correia Caholo são os três activistas que os seus familiares dizem desconhecer o seu paradeiro.

Em conversa não gravada com a VOA, o comissário Eugénio Alexandre, director do Serviço de Investigação Criminal (SIC), ex-DNIC, garante que “ninguém está desaparecido” e diz que os familiares podem dirigir-se ao piquete da SIC para obter informações.

Os demais 12 detidos encontram-se nas cadeias de Calomboloca e Kaquila.

Nito Alves, que está na cadeia de Calomboloca, encontra-se em greve de fome há três dias como confirma o pai, Fernando Baptista, que responsabiliza o Presidente da República pela detenção do seu filho.

“Olha que já tinham detido o meu filho acusado de tentar contra o Presidente da República, não sei porquê, mas caso aconteça alguma coisa com o meu filho a responsabilidade será do Presidente da República José Eduardo dos Santos”, advertiu Baptista.

Por outro lado, Raul Mandela, um dos activistas que escapou da rusga dos oficiais do Serviço de Investigação Criminal, ameaça com uma onda de protestos espontâneas, caso não soltem os 15 jovens presos.

“Haverá muitas surpresas e se não soltarem os nossos amigos até no palácio nos vamos manifestar”, avisou Mandela.

De recordar que os 15 presos políticos são acusados de estarem a preparar uma suposta tentativa de golpe de Estado, que a Procuradoria-Geral da República caracteriza como crime de rebelião.

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