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Familiares de Kalupeteca desesperam-se por transferência para Huambo


José Julino Kalupeteca condenado a 28 anos de prisão
José Julino Kalupeteca condenado a 28 anos de prisão

Líder de "A Luz do Mundo" está doente na prisão de Benguela

A família do fundador da extinta seita ‘’A Luz do Mundo’’, José Julino Kalupeteca, em prisão desde Abril de 2016, diz que os Serviços Prisionais negam o pedido de transferência para o Huambo, feito para evitar que os seus problemas de saúde piorem na cadeia do Cavaco, em Benguela.

Um dos três irmãos, em nome dos familiares que o acompanham, conta que os bens do ‘’profeta do século XXI’’, como fazenda e carros, foram confiscados, prevalecendo o Monte Sumi com reforço policial na sequência do sucedido em 2015.

Julino Kalupeteca, condenado a 28 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e uso da força contra a autoridade, vai resistindo a algumas mazelas, mas a família teme que a saúde piore devido ao calor na cadeia central de Benguela.

É o que explica Julino Tito Katupe, que acabava de chegar para novas visitas.

"Em termos de saúde não está bom. As borbulhas voltam em um ou dois meses, mesmo neste momento tem dores no corpo. Eu já informei tudo, estive em Luanda’’, refere Katupe.

Mesmo assim, lamenta, os Serviços Prisionais negam o pedido de transferência, já assinado pelo irmão.

"’Queremos ajuda do Estado, isto para ele ser levado ao Huambo, onde o clima é mais fresco. Está a ser difícil, até ele mesmo já assinou o pedido por duas vezes’’,acrescenta.

A outra batalha, no Huambo, visa o resgate de bens que a família considera estar nas mãos da Polícia

"A horta do Monte Sumi é do pai (Kalupeteca), mas o soba do bairro diz que pertence ao Estado. Os moradores pensavam que o pai fosse morto, estão a alimentar-se do peixe da lagoa, com a protecção da Polícia’’, denuncia.

Sobre este assunto, a Polícia não confirma nem desmente, remetendo para a esfera judicial eventuais explicações.

Quanto ao pedido de transferência de Kalupeteca, a VOA contactou o porta-voz dos Serviços Prisionais de Angola, Meneses Cassoma, que prometeu tomar uma posição, ainda no final de semana, o que ainda não aconteceu.



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