As famílias cabo-verdianas em situação de extrema pobreza passarão a receber a partir desta sexta-feira, 5, e durante um período de seis meses um subsídio mensal de aproximadamente 60 dólares (5.500 escudos).
O Rendimento Social de Inclusão Emergencial (RSI/E) substitui o programa de apoio social que desde Abril do ano passado beneficiou trabalhadores do sector informal e faz parte do programa do Executivo para conter os efeitos das restrições, nomeadamente no sector económico, impostas pela pandemia da Covid-19.
Cabo Verde conheceu uma forte retracção económica em 2020 com o turismo, que representa 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), a cair em cerca de 70 por cento desde Março, quando foram fechadas as fronteiras do arquipélago para conter a propagação da pandemia.
O Governo sustenta que este apoio emergencial visa “atender às necessidades dos mais afectados por esta crise sanitária e económica”, com especial destaque para aqueles que “dada a natureza dos seus trabalhos ficaram em situação de desemprego e de risco”.
Numa declaração recente, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, afirmou que, com este reforço, vai-se beneficiar mais 18 mil famílias, abrangendo um universo de cerca de 28 mil famílias”, desde o início do programa de ajuda aos mais desfavorecidos.
A 15 de Janeiro, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelou que no acumulado de Janeiro a Setembro de 2020, o PIB do país caiu 14,7 por cento em relação ao mesmo período de 2019.