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Falsas teorias "afastam" pessoas da vacina contra a Covid-19 na Huíla


Autoridades intensificam campanha de esclarecimento numa das províncias mais afectadas pela pandemia

A observar um período de pausa nesta semana enquanto se aguarda pelo reforço de vacinas contra a Covid-19 da parte do Ministério da Saúde, as autoridades sanitárias da província angolana da Huíla estão satisfeitas com os números da campanha.

Na Huíla reticências à vacina da Covid-19 – 1:39
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Entretanto, as autoridades sanitárias têm estado a perceber alguns focos de resistência à vacina alimentados por falsas teorias que encontram acolhimento entre a população.

Até ao momento mais de 97 mil pessoas já se beneficiaram da vacina contra a Covid-19 entre a primeira e a segunda dose, com ênfase para os grupos de risco, profissionais de saúde, professores, entre outros.

Mais de sete mil pessoas furtaram-se de tomar a segunda dose.

O porta-voz do Gabinete Provincial da Saúde, Júlio Madaleno, toma como exemplo algumas doenças erradicadas ou em vias de serem erradicadas, para encorajar as comunidades a abraçar as vacinas.

“Não temos problemas da febre-amarela, não temos problemas de sarampo, não temos problemas da pólio, tudo resultado de um trabalho estratégico do gabinete para que todas as pessoas fossem vacinadas e estivéssemos livres hoje”, lembra.

Da mesma forma, igualmente preocupada com as informações falsas sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19, está a Associação Médica de Angola, que com o recurso às diferentes plataformas digitais e meios de comunicação social, deu início a uma campanha de sensibilização da população para aderir à vacinação.

Para o porta-voz da associação, Júlio Tumbika, a ciência tem sido a base da sensibilização.

“Os principais veículos da nossa associação é a ciência. Gostamos que as coisas sejam baseadas na ciência, é dali onde nós fomos procurar de facto informações que sejam verdadeiras sobre as várias dúvidas que as pessoas foram construindo ao longo destas vacinas”, afirma Tumbika.

Com mais de 80 óbitos em mais de mil casos registados, a Huíla está entre as províncias angolanas mais afectadas pela Covid-19.

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