O Comité de Supervisão do Facebook anunciou nesta quarta-feira, 5, que o antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuará com seus perfis suspensos daquela rede social e do Instagram.
As contas de Trump foram bloqueadas 7 de Janeiro, um dia depois dos seus apoiantes terem invadido o Capitólio, num acto que resultou na morte de cinco pessoas.
O Presidente foi removido da rede por, segundo o Facebook, incitar o ódio.
O Facebook pediu ao Comité de Supervisão uma decisão sobre um eventual levantamento da suspensão, mas o órgão afirmou hoje que uma suspensão "indefinida" não faz parte das políticas da empresa, o que demonstraria arbitrariedade e falta de critérios.
"O papel do Comité é assegurar que as regras e processos do Facebook sejam consistentes com suas políticas de conteúdo, seus valores e seus compromissos com os direitos humanos", lê-se na nota.
A rede social vai rever o caso para "determinar a justificar uma resposta proporcional" num prazo de seis meses.
Em Janeiro, quando o Facebook restringiu as contas de Trump, a companhia afirmou que o ex-Presidente não poderia fazer novas publicações por pelo menos duas semanas, o que coincidia com a posse do Presidente eleito Joe Biden.
"Acreditamos que os riscos de permitir que o Presidente continue a usar os nossos serviços durante esse período são simplesmente muito grandes", escreveu na época o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg.
Duas semanas depois de restringir as contas, a rede social disse que o veredicto seria do seu Comité Supervisão, um grupo formado por 20 membros, de todos os continentes, entre eles antigos juízes, advogados, jornalistas, activistas de direitos humanos