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Exército moçambicano mata 12 insurgentes em Cabo Delgado


Cristóvão Chumbe, ministro da Defesa de Moçambique
Cristóvão Chumbe, ministro da Defesa de Moçambique

Novo ministro fala em "momentos de paz" mas reconhece pequenos ataques a aldeias

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique mataram 12 insurgentes na província moçambicana de Cabo Delgado e recuperaram armas.

A revelação foi feita nesta sexta-feira, 19, pelo novo ministro da Defesa, na sua primeira aparição pública após a posse, ao intervir na cerimónia de encerramento de cursos militares em Maputo.

“Esta manhã fui informado de que em Nangade as nossas forças entraram em contacto com o inimigo, tendo colocado abaixo 12 elementos, incluindo também feridos e, na sequência, recuperámos algumas armas”, revelou Cristóvão Chume, quem indicou existir já um “momento de paz” em certos distritos que começam a ver chegar seus residentes que tinham fugido devido aos ataques.

O ministro afirmou que as forças conjuntas, integradas pelas FDS e pelos contingents da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, a SAMIM (sigla da missão em inglês), e do Rwanda “estão passo a passo a acompanhar o movimento do inimigo” e garantiu que “a dimensão da insurgência reduziu-se”.

Entretanto, apesar deste avanço, o antigo chefe do Exército moçambicano reconheceu haver pequenos ataques em aldeias dispersas.

“É aqui onde está a maior responsabilidade das nossas forças: conseguirem antecipar-se em relação às intenções do inimigo e temos vindo a conseguir isso”, destacou Cristóvão Chume, que pediu “paciência” aos moçambicanos.

Em Julho, as forças conjuntas, entre elas cerca de quatro mil tropas do Rwanda e da SAMIM, iniciaram uma ofensiva contra os insurgentes que desde Outubro de 2017 têm aterrorizado a província de Cabo Delgado, provocando mais de três mil mortos, cerca de 850 mil deslocados e muita destruição de infraestruturas.

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