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Ex-ministro Paulo Zucula novamente nas teias da corrupção


O também antigo gestor de calamidades é acusado de autorizar pagamentos indevidos.

O ex-ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, acaba de ser acusado, pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), de crimes de pagamento de remunerações indevidas usando fundos do Estado.

Segundo o processo 85/GCCC/13-IP, citado pela imprensa de Maputo, Zucula autorizou, em 2009, o pagamento de remunerações superiores a dois milhões de meticais (mais de 34 mil dólares americanos, ao câmbio actual) a funcionários séniores do Instituto de Aviação Civil de Moçambique.

Da mesma acusação constam Teresa Jeremias, Lucrécia Celeste Ndeve e Amélia Abílio Delane, que ocupavam respectivamente os cargos de administradora, directora-geral e chefe de departamento financeiro daquela instituição.

No processo remetido ao Tribunal Judicial do Distrito de Lhamankulu, em Maputo, as três são acusadas de abuso do cargo. Para desviar o dinheiro, reporta-se, elas assinavam cheques alegando adiantamento de salários. Tais valores nunca eram repostos.

No início deste ano, a Procuradoria-Geral da República informou que Zucula era um dos acusados no caso do esquema de corrupção na aquisição de aeronaves à brasileira Embraer para as Linhas Aéreas de Moçambique.

Zucula, formado em agronomia, foi também vice-ministro da agricultura, funcionário das Nações Unidas e director-geral do Instituto Nacional de Calamidades Naturais.

Em 2008 assumiu a pasta de Transportes, no governo de Armando Guebuza, em substituição de António Munguambe, condenado por corrupção.

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