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Ex-director da CIA diz que Rússia "interferiu descaradamente" nas eleições americanas


John Brennan no Senado
John Brennan no Senado

John Brennan testificou junto do Comité de Inteligência do Senado

O antigo director da CIA John Brennan afirmou nesta terça-feira, 23, que a Rússia "interferiu descaradamente" nas últimas eleições presidenciais norte-americanas e que eles estiveram em contacto com membros da campanha do presidente Donald Trump.

A declaração de John Brennan foi feita ao Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, que assim como o FBI investiga a suposta ligação da Rússia com a equipa da campanha de Trump.

"Deveria estar claro a todos que a Rússia interferiu descaradamente em nosso processo eleitoral de 2016 e o fez apesar de duros protestos e seus avisos", disse Brennan, que foi director do CIA de 2013 a 2017, durante o Governo de Barack Obama.

Brenon afirmou ter alertado que a Rússia estava a interferir e convocou altos funcionários para se concentrar nela.

O antigo director da CIA indicou que o funcionário russo da Inteligência a quem fez a advertência negou qualquer interferência do país nas eleições, mas informou que comunicaria seus superiores sobre o protesto.

No entanto, Brennan não quis chamar a influência russa de "conluio".

"Eu vi interações que em minha mente levantam dúvidas de se foi um coluio", afirmou, adiantando não ter "informações suficientes para determinar sobre se uma cooperação ou cumplicidade ou conluio estava ocorrendo ou não".

O ex-director disse que a Inteligência americana "revelou contatos e interacções" entre funcionários russos e americanos "envolvidos" na campanha de Trump.

Segundo ele, a Inteligência dos EUA concluiu que "o objectivo dos russos eram minar a confiança pública no processo democrático dos EUA, denegrir a secretária (e candidata Hillary) Clinton e prejudicar sua elegibilidade e potencial presidência, e ajudar as chances de eleição do presidente Trump".

Na semana passada, a imprensa americana publicou que Donald Trump pode ter tentado interferir nas investigações do FBI sobre a relação entre membros do seu Governo e a Rússia, o que agitou o cenário político dos Estados Unidos nesta semana.

O Presidente nega que tenha interferido e a existência de um conluio com os russos.

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