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EUA são o "parceiro privilegiado" de Moçambique na luta contra o terrorismo, diz Nathan Sales


Embaixador Nathan A. Sales (dir), embaixador Dennis W. Hearne (esq) no encontro com o Presidente Filipe Nyusi
Embaixador Nathan A. Sales (dir), embaixador Dennis W. Hearne (esq) no encontro com o Presidente Filipe Nyusi

Coordenador do Contraterrorismo dos EUA oferecer a Maputo uma parceria alargada e a longo prazo

O coordenador de contraterrorismo dos Estados Unidos reiterou nesta terça-feira, 8, que Washington quer ser o parceiro priveligiado de Moçambique para derrotar os terroristas em Cabo Delgado, através de iniciativas de foro civil no reforço da ordem e da aplicação da lei.

Numa conferência de imprensa por telefone, depois de ter estado em Maputo na semana passada, onde se reuniu com o Presidente Filipe Nyusi, Nathan Sales reiterou a oferta dos Estados Unidos e disse que “a forma [eficaz] de lutar contra o terrorismo não é mandar mercenários" para o combate, "saqueando recursos naturais".

Sales respondia a uma questão sobre a “concorrência” da China e da Rússia em África, e defendeu que “os países querem, em todo o mundo, parceria com os Estados Unidos porque trazemos capacidades que ninguém tem, trazemos ferramentas que os Estados precisam para controlar o terrorismo e dissuadir as redes terroristas, ninguém tem esses ascendentes que passam por uma parceira a longo prazo e não pelo envio de mercenários que extraem os recursos naturais e depois desaparecem”.

A abordagem de Washington, segundo aquele diplomática, adapta-se a cada realidade e assenta-se essencialmente no reforço das capacidades de instituições da ordem e da lei, para que sejam capazes de"proteger a população e retirar ameaças do campo de batalha".

A força da lei e da ordem

No caso de Moçambique, ele reiterou que as capacidades que os Estados Unidos querem reforçar são do foro "civil" e poderão dar "resultados a longo prazo", como a execução e reforço da lei, a agregação de informações, o uso de provas em tribunal para responsabilizar os autores de ataques e acções para impedir o acesso dos rebeldes às áreas afectadas.

Na conversa com Filipe Nyusi na semana passada, Nathan Sales destacou também a importância de implementar sistemas de segurança fronteiriça, controlo e segurança de portos, marinas e aeroportos.

Questionado sobre o papel da África do Sul, onde Nathan Sales esteve também de visita, ele reiterou ser importante pelo seu peso “económico, militar e como forte democracia que é”.

Sem revelar detalhes do eventual apoio de Washington, o coordenador para o contraterrorsimo dos Estados Unidos resumiu que na conversa mantida com os líderes de Moçambique e da África do Sul, “mostramos que os EUA podem fortalecer essa parceira e os parceiros reconheceram que temos capacidades únicas de combate ao terrorismo e ao reforço do Estado de direito”.

Por outro lado, Sales, entretato, alertou para a “situação humanitária complexa” decorrente dos ataques terrroistas em Cabo Delgado e reiterou que, enquanto se criam infraestruturas para combater os terroristas, há que “atender as pessoas deslocadas e os Estados Unidos estão a trabalhar com o Governo e organizações não governamentais com experiência na resposta humanitária” até que as pessoas possam regressar às suas casas.

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