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EUA: possíveis acusaçōes criminais contra mais de 170 manifestantes do Capitólio


Congressista republicana Marjorie Greene tira os sapatos ao passar a segurança à entrada do COngresso em Washington, 12 Janeiro 2021
Congressista republicana Marjorie Greene tira os sapatos ao passar a segurança à entrada do COngresso em Washington, 12 Janeiro 2021

Procuradores podem acusar alguns manifestantes de acusaçōes graves como sedição e conspiração

Os promotores dos EUA disseram terça-feira terem identificado mais de 170 pessoas por possíveis acusações criminais em conexão com o violento ataque ao Capitólio na semana passada e esperam que o número chegue a centenas nas próximas semanas, enquanto prossegue uma enorme caça aos desordeiros pró-Trump em todo o país.

Michael Sherwin, o procurador-geral assistente interino do Distrito de Colúmbia, disse a repórteres que mais de 70 pessoas foram acusadas até agora no Distrito de Colúmbia, com promotores processando pelo menos 100 outras pessoas.

“Esse número, suspeito, vai aumentar para centenas”, disse Sherwin durante um briefing sobre a extensa investigação federal aos distúrbios que deixaram cinco mortos, incluindo um policia do Capitólio dos EUA.

Enquanto isso, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os apoiantes do presidente Donald Trump que atacaram o Capitólio dos EUA deveriam ser proibidos de voar. Ele chamou aos envolvidos no ataque de rebeldes que representam uma ameaça à segurança nacional e deveriam ser incluídos na lista de exclusão aérea.

"Não podemos permitir que esses mesmos rebeldes entrem em um avião e causem mais violência e mais danos", disse Schumer em entrevista colectiva. O democrata de Nova York está prestes a tornar-se o líder da maioria no Senado assim que o seu partido assumir o controle.

O FBI diz estar "activamente" a considerar a ideia da lista de exclusão aérea.

A investigação federal aos acontecimentos mortais de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA por apoiantes de Trump está rapidamente a ganhar intensidade.

Sherwin disse que criou uma força de ataque de promotores de segurança nacional e de corrupção pública para acusações mais sérias de sedição e conspiração contra alguns manifestantes. Acusações que acarretam pena de até 20 anos de prisão.

A variedade de condutas criminosas num local - de uma simples invasão a roubo de correspondência e agressão a um polícias - não tem precedentes, disse Sherwin. Em muitos casos, os agentes do FBI usaram acusações menores para fazer detençōes.

Com as acusações apresentadas, disse Sherwin, os promotores podem agora indiciar os réus por acusações mais sérias.

Um grande júri federal em Washington, D.C. ouviu na segunda-feira várias horas de evidências apresentadas por promotores em vários casos de crimes envolvendo a posse de um dispositivo destrutivo e a posse de uma arma de assalto semiautomática.

Steven D'Antuono, director assistente encarregado do escritório do FBI em Washington, disse a repórteres que o bureau recebeu mais de 100 mil dicas fotográficas e de vídeo de membros do público após os tumultos.

O motim registou-se depois de milhares de apoiantes de Trump irritados por falsas afirmações de que a reeleição de Trump havia sido roubada marcharam da área da Casa Branca para o Capitólio. Centenas de pessoas invadiram as áreas que conectavam o Senado e as câmaras do Congresso, saqueando escritórios e confrontando-se com policias. A violência deixou cinco mortos, incluindo um agente adstrito ao Capitólio e uma apoiante pró-Trump morta pela polícia.

O episódio, o primeiro ataque violento em grande escala ao Capitólio dos EUA em mais de 200 anos, levou a um esforço democrata para acusar Trump de incitar a violência e levantou sérias questões sobre a incapacidade das agências da lei em evitá-la.

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