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EUA: Júri recomenda acusações contra senador republicano em caso de tentativa de fraude eleitoral


Lindsey Graham,
Lindsey Graham,

Um relatório divulgado nesta sexta-feira, 8, revela que um grande júri especial que investiga tentativas para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 na Geórgia recomendou acusações contra 39 pessoas, entre elas um senador e dois antigos legisladores.

O senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, os ex-senadores norte-americanos Kelly Loeffler e David Perdue, da Geórgia, e o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, são alguns dos apontados.

O relatório de nove páginas mostra que os membros do júri recomendaram acusações contra 39 pessoas, em comparação com as 18, anteriormente acusadas, juntamente com o ex-presidente Donald Trump.

Embora a maior parte do prcoesso de funcionamento interno do caso tenha diminuído com a apresentação de acusações, é notável que o grande júri especial recomendou muitas pessoas que não foram realmente indiciadas.

O senador Graham e um advogado que o representou não reagiram ainda.

O painel passou sete meses a ouvir cerca de 75 testemunhas antes de concluir um relatório em dezembro com recomendações para o procurador distrital do condado de Fulton, Fani Willis, sobre acusações relacionadas às tentativas de anular as eleições presidenciais de 2020.

Willis disse que precisava do poder de intimação do painel para obrigar o depoimento de testemunhas que, de outra forma, não estariam dispostas a comparecer.

A divulgação das identidades das pessoas recomendadas para acusação constitui um afastamento do protocolo ordinário do grande júri, que determina que os procuradores não divulguem os nomes dos indivíduos investigados mas não acusados, de modo a evitar que indivíduos potencialmente inocentes sejam indevidamente difamados.

O relatório do grande júri especial baseia-se nos depoimentos das testemunhas convocadas pelos procuradores e nas provas apresentadas durante o segundo semestre do ano passado.

No seu relatório, o grande júri deixou claro que o painel “não continha especialistas em direito eleitoral ou advogados criminais”.

“No entanto, a maioria deste grande júri envidou os seus melhores esforços coletivos para assistir a todas as sessões, ouvir todas as testemunhas e tentar compreender os factos apresentados e as leis explicadas”, continua o relatório.

Das 19 pessoas indiciadas, apenas uma não foi incluída nas recomendações especiais do grande júri.

Um ex-assessor da Casa Branca que foi diretor de operações do dia das eleições de Trump, Michael Roman, esteve envolvido nos esforços para apresentar um conjunto de eleitores falsos após as eleições de 2020.

O juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, Robert McBurney, ordenou a divulgação parcial do relatório em fevereiro, mas recusou-se a fazê-lo imediatamente as recomendações do painel sobre quem deveria ou não ser processado.

O juiz disse na época que queria proteger os direitos das pessoas ao devido processo.

McBurney disse numa nova ordem apresentada a 28 de agosto que as preocupações com o devido processo eram discutíveis, já que um grande júri regular indiciou Trump e 18 outras pessoas sob a lei estadual anti-extorsão.

Todos se declararam inocentes.

Muitos dos indiciados – incluindo o ex-presidente da cidade de Nova Iorque e advogado de Trump, Rudy Giuliani, e o chefe de gabinete de Trump na Casa Branca, Mark Meadows – são conhecidos por testemunharem perante o grande júri especial.

Trump, que lidera a lista de candidatos à nomeação presidencial republicana em 2024, nunca foi convocado e não compareceu perante o painel.

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